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Lançada tecnologia que elimina coronavírus no ar

“Um dos pontos mais fracos do novo coronavírus é sua suscetibilidade à radiação solar"


Foto: Pixabay

Um consórcio português liderado pela Associação BLC3 anunciou ter desenvolvido um equipamento que elimina o vírus SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19, através de emissão “controlada” de ondas de radiação “muito mais eficientes do que a radiação solar”. De acordo com o coordenador da investigação, João Nunes, a tecnologia “AT MicroProtect” consiste em um aparelho que emite ondas de radiação em um comprimento específico que elimina o novo coronavírus no ar.

Já é sabido há décadas que as lâmpadas de radiação ultravioleta são capazes de eliminar bactérias e vírus, mas nos testes conduzidos pela equipe da BLC3, de todas as 16.982 partículas de SARS-CoV-2 expostas às ondas produzidas pelo AT MicroProtect, apenas cinco partículas não foram eliminadas imediatamente, o que representou a eliminação de 99,97%.

“Ao fim de cinco e 15 minutos, obteve-se uma inatividade total, 100%, e sem qualquer variação no comportamento do vírus”, revela João Nunes. De acordo com ele, o ensaio foi efetuado em 27 amostras de diferentes lugares do mundo, sendo que “todos os resultados foram validados cientificamente” neste equipamento que não usa nenhum químico e apenas precisa de energia elétrica para começar a emitir as “ondas de radiação controlada”.

Para chegar ao resultado, os pesquisadores estudaram o comportamento do vírus e constataram que “um dos pontos mais fracos do novo coronavírus é sua suscetibilidade à radiação solar”. João Nunes disse que o equipamento deve ser instalado prioritariamente nos locais de trabalho dos profissionais da saúde, nos meios de transportes, locais com elevado número de pessoas, como aeroportos e centros comerciais, ou lares de idosos.

Segundo ele, porém, “também é possível aplicar à hotelaria e restauração e outros locais com o problema de qualidade do ar interior”. “O vírus não tem a inteligência que nós humanos temos, e o conhecimento é a melhor arma que podemos usar contra ele, porque não podemos esperar só por uma resposta de vacinas e medicamentos para um vírus que está no ar”, disse João Nunes.

Além do Campus de Tecnologia e Inovação da BLC3, o projeto contou com a participação da Universidade do Minho e as Faculdades de Farmácia das universidades de Lisboa e de Coimbra, bem como o apoio de médicos do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, no interior do distrito de Coimbra.

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