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Leilões de milho dependem de parecer da Conab

Na semana passada, o governo federal anunciou a suspensão dos leilões por constatar fraudes


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) só dará ordem para a retomada dos leilões de milho após receber o parecer da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre os processos instaurados para investigar as irregularidades constatadas nas ofertas públicas feitas este ano para comercializar a safra 08/09, em Mato Grosso. Na semana passada, o governo federal anunciou a suspensão dos leilões por constatar fraudes. O anúncio já causou impacto negativo, com pressão de baixa do preço no mercado.

As informações sobre a não retomada imediata dos leilões foram repassadas pelo secretário de Política Agrícola (SPA/Mapa), Edilson Guimarães, ao presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira. “Estivemos também com o superintendente, Ovídeo Costa, que nos informou um prazo de cerca de 20 dias para o término do processo e o envio do parecer a Brasília. Mas isso é muito tempo, se levado em conta o ápice da colheita neste momento – com 49% da produção para serem ainda comercializados - e o problema de armazenamento/escoamento da safra”, pontua o presidente da Aprosoja/MT.

Segundo o presidente da Aprosoja/MT, as pressões de baixa no preço após a suspensão dos leilões de milho já apontam para possíveis perdas de R$ 2,5 por saca. “Por causa dos fraudadores, o rombo poderá chegar a R$ 250 milhões, caso os instrumentos de apoio à comercialização não sejam retomados a tempo”, alerta Glauber, ao lembrar que as vendas registradas em algumas regiões do Estado já estão sendo feitas com valores abaixo do preço mínimo R$ 13,20 estipulado pela Conab para Mato Grosso.

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