Em três anos de exercício, o Grupo Kepler Weber passou de um prejuízo de R$ 40 milhões para um lucro líquido de R$ 14,1 milhões. O resultado de 2002 anunciado ontem pela diretoria, ajuda a manter a empresa de Panambi como um dos três maiores fabricantes de silos do mundo. "O crescimento de 16,5% sobre 2001 aconteceu apesar das adversidades cambiais", salienta o presidente da Kepler, Othon d'Eça Cals de Abreu. Na avaliação do dirigente, a conquista de novos mercados e o bom desempenho do agronegócio no Brasil favoreceram os números da companhia, que detém sozinha 60% do mercado nacional de armazenagem de cereais.
As variações da moeda norte-americana, que afetaram diferentes segmentos da economia no ano passado também foram responsáveis pela alta do preço do aço, matéria-prima das indústrias de silos. Segundo Abreu, o aumento foi de 52% no ano passado. "O setor está trabalhando para que esses reajustes sejam gerenciados e não avisados para os compradores em cima da hora, como está sendo feito agora", destaca. Se não existirem parâmetros para os aumentos, o dirigente sugere que o governo autorize as importações do produto sem a tarifa de 15% imposta atualmente. "Com a taxação, empresas como a Kepler, que utiliza 50 mil toneladas de aço por ano, não têm condições de comprar o produto de outros países", complementa Abreu. Para ele, é necessário que representantes de indústrias gaúchas se unam e discutam com mais freqüência a questão com o governo federal.
As vendas apuradas em 2002 pelo grupo foram 42,4% superiores as do ano anterior e atingiram R$ 284,4 milhões. A participação das vendas da companhia no mercado externo, que em 2002 foi de 15%, poderá aumentar este ano com novos investimentos e a recuperação do consumidor argentino. Os mercados chinês, da Europa Central e da Ásia Central estão entre os projetos da Kepler. Além de dar continuidade aos investimentos na unidade de Campo Grande (MS), a empresa deve anunciar, no segundo semestre de 2003, novos projetos com características ainda mantidas em sigilo.
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