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Má distribuição das chuvas preocupa na Fronteira e Campanha do RS

Choveu entre 20 e 260 milímetros nas cidades arrozeiras gaúchas


Choveu entre 20 e 260 milímetros nas cidades arrozeiras gaúchas

As chuvas que ocorreram no Rio Grande do Sul entre os dias 16 e 19 de setembro, não eliminaram a preocupação do setor com o déficit de reserva hídrica para a irrigação das lavouras de arroz, que poderá afetar a zona arrozeira com a redução de área cultivada. Esta é a conclusão do levantamento realizado nas últimas quinta e sexta-feira, dias 20 e 21 de setembro, pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), em 26 dos principais municípios das seis regiões produtoras do Estado. “O problema foi a má distribuição das chuvas. Em alguns municípios choveu o equivalente a 20 milímetros e em outros até 260mm”, frisa Renato Rocha, presidente da Federarroz.

O levantamento da Federação aponta que, mesmo com alguns rios que estavam praticamente secos estando acima do nível médio, é preciso a continuidade das chuvas para manter estes mananciais com fluxo constante. “O problema maior está nas barragens e nos rios e arroios das regiões que choveu pouco”, acrescenta. Campanha e Fronteira Oeste, que somam metade da produção gaúcha, seguem com dificuldades. “O maior volume de chuvas aconteceu em Camaquã (260mm), na Planície Costeira Interna, e em Cachoeira do Sul (250mm), na Depressão Central. Os menores índices aconteceram em Santa Vitória do Palmar (20mm), na Zona Sul, em São Borja (30mm) na Fronteira Oeste, e em Itaqui (50mm) na mesma região”, afirma Renato Rocha.

Por região, fica ainda mais claro que Fronteira Oeste e Campanha precisam de mais chuvas. “Nestas regiões o dano da estiagem é maior, o déficit é significativo, e as chuvas que ocorreram somaram a média de 66 milímetros na Fronteira Oeste e 135mm na Campanha, o que é muito pouco”, argumenta o presidente da Federarroz. Segundo ele, pela ordem, entre os municípios da amostragem, a Planície Costeira Interna alcançou a maior média, com 230mm de precipitações, seguido da Depressão Central, com 177mm, da Planície Costeira Externa à Laguna dos Patos, com 164mm, da Campanha com os 135mm, da Zona Sul, com 72mm e, por fim, da Fronteira Oeste, com seus 66mm.

Para Renato Rocha, não há dúvida de que as chuvas aliviaram um pouco o déficit hídrico, mas é preciso muito mais do que isso para poder assegurar que a área cultivada no ano passado será repetida. “Hoje, ainda há um déficit significativo nas barragens e prevemos, neste cenário, uma redução importante na área”, argumenta. A Federarroz fará novo levantamento do déficit hídrico na primeira semana de outubro e divulgará na Abertura Oficial do Plantio em 11/10 em Restinga Sêca. 

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