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Dirceu Portugal, correspondente em Campo Mourão

Depois de ficar por quase 19 anos sem plantar trigo na sua propriedade em Campo Mourão (Noroeste), o agricultor Gabriel Jort resolveu voltar a investir na cultura no ano passado, em 48 hectares. “O resultado de 49,5 sacas por hectare surpreendeu e, esse ano, para não arriscar na safrinha de soja por conta das doenças, aumentei a lavoura de trigo”, diz Jort, que por conta dos incentivos dobrou a área da cultura para 96,8 hectares. “O fato de ter o seguro já é uma garantia. Espero colher a mesma média do ano passado ou mais”, prevê Jort, que investiu pesado na adubação. “Usei 600 quilos de adubo, 250 quilos de cloreto de potássio e tratei a semente. Espero ter uma colheita boa.”

Já o agricultor de Mamborê Joel Amadeu Soares, que no ano passado plantou apenas 12,1 hectares de trigo e colheu uma média de 53,3 sacas, nesse ano investiu mais e reservou uma boa parte da propriedade de 36,3 hectares para o cereal. “O incentivo do seguro e os comentários sobre o preço incentivaram a aumentar a área para 29 hectares. A esperança é que o preço pago pela saca aumente”, espera Soares.

Já o agricultor João Mignoso, por não acreditar no preço mínimo e não precisar do seguro do governo, decidiu permanecer com a mesma área de trigo do ano passado. “Plantamos 75 hectares e esse ano não investimos mais em área. A tendência é de diminuir o plantio por conta do alto risco e da margem de lucro pequena. Estamos na cultura por teimosia. Eles falam em preço mínimo, mas isso não existe”, critica Mignoso, que no ano passado colheu uma média de 61,9 sacas de trigo por hectare.

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