CI

Mais de 50% dos minimercados gaúchos apontam vendas boas a excelentes na pandemia

Sondagem com os estabelecimentos mostrou mudança na percepção frente ao começo da pandemia


Foto: Pixabay

Segmento que não precisou fechar as portas desde a instauração da crise sanitária, os minimercados gaúchos apontaram que as vendas foram boas a excelentes na pandemia. Segundo pesquisa da Fecomércio-RS, mais de 50% dos estabelecimentos ouvidos indicam que as comercializações foram boas (36,6%), muito boas (9,9%) e excelentes (4,9%). 

Já outra fatia importante, de 33,5%, considerou como regular o desempenho. Um grupo de 15,1% indicou que o desempenho foi ruim no período do enfrentamento do novo coronavírus. A Sondagem de Segmentos para os minimercados foi feita entre 30 de setembro e 20 de outubro com 385 estabelecimentos em diversas regiões gaúchas.

A mesma apuração aplicada a minimercados em abril indicou impactos negativos da pandemia, que recém estourava. Naquele momento, o efeito do fechamento em muitos setores e do isolamento social, com medidas para evitar movimentação das pessoas, acabou sendo mais danoso.

Ainda como efeito da crise, 72,7% do segmento garantiram que mantiveram o número de funcionários, enquanto 14,8% fizeram demissões e 12,2% contrataram. Já 0,3% dos ouvidos não souberam responder sobre o quadro de pessoal. Pelo perfil dos entrevistados, 53,8% indicaram que têm até cinco pessoas trabalhando no negócio, e 46,2% mais de cinco pessoas no quadro.

Ao projetar as vendas nos próximos seis meses, 46,5% dos minimercados esperam que a situação melhore um pouco, 28,1% que o quadro se mantenha estável e 13,5% que o ambiente melhore muito. Já 10,1% acreditam que o futuro de curto prazo será um pouco pior e 1,8% que será muito pior.

Já em relação à força de trabalho, a perspectiva é de manter o quadro em 63,6% dos negócios nos próximos seis meses, 28,% esperam aumentar a mão de obra na atividade, 1,6% vai reduzir e 6,2% não definiram como este item se comportará.  

Ao avaliar os empecilhos para maior crescimento dos negócios, 39,7% indicaram a crise vivida pelo País nos últimos anos, 23,6% a carga tributária - mesmo considerando que os minimercados estão no Simples Nacional -, 21,3% a concorrência e 20,8% o alto custo para manter e comprar estoques.

A pesquisa também capta a condução dos estabelecimentos pelos micro e pequenos empreendedores. Um dos aspectos é a separação "clara" entre as finanças do negócio e a dos donos. Quase 63% (62,9%) asseguraram que fazem a distinção entre as movimentações financeiras e 28,1% admitiram que têm uma "contabilidade misturada". Já 9,1%, quase 10%, disseram que não sabem ou preferiram não responder.

Na questão financeira, 60% informaram que usam recursos próprios quando precisam "financiar" o negócio, e 37,9% buscam instituições como bancos e cooperativas para contratar crédito e 2,1% recorrem a financeiras. 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.