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Mais um dia de muita cautela para a soja em Chicago

Tanto o petróleo, quanto o mercado acionário, absorveu altas superiores a 2% no dia


Os mercados globais tiveram um dia de recuperação nesta quinta-feira (25), favorecendo os negócios da soja em Chicago. O destaque é que o petróleo em Nova York retornou à barreira de US$ 70/barril, demonstrando a clara disposição dos investidores em gradualmente impor altas a esta commoditie. Tanto o petróleo, quanto o mercado acionário, absorveu altas superiores a 2% no dia. Sob este mesmo otimismo, o primeiro vencimento (julho de 2009) em Chicago testou novamente a barreira dos US$ 12/bushel, na terceira alta consecutiva.

Mas a reação da soja ficou bem abaixo da ocorrida ao petróleo, demonstrando um posicionamento ainda cauteloso no mercado externo da oleaginosa, diante da proximidade do novo relatório trimestral de plantio nos Estados Unidos (EUA), a ser divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na próxima terça-feira (30). Há fortes motivos para se acreditar que o órgão aumentará sua projeção de área plantada com soja no país. Junto às boas condições climáticas locais, esta expectativa em relação ao novo relatório vai deixando o mercado externo aparentemente sem rumo.

Mas nesta quinta-feira, além da alta nos mercados financeiros, o clima mais frio e os positivos números semanais de exportação nos EUA contribuíram para a reação dos vencimentos de curto prazo em Chicago. Isto porque os vencimentos inerentes à próxima safra 2009/2010 não conseguiram subir, basicamente pelas indefinições que ainda cercam o potencial de plantio nos EUA. O contrato de julho de 2009 terminou o dia a US$ 11,96/bushel (+0,93%), mas com o contrato de novembro de 2009 fechando a US$ 10,02/bushel, em queda de 0,6%. Já o contrato de maio de 2010 fechou a US$ 9,85/bushel, em queda de 1,1% em relação a ontem.

O deságio entre julho de 2009 a novembro de 2009 sobe a 16%, no maior nível já observado. A cautela em Chicago é relativamente seguida no Brasil, onde os prêmios de exportação continuam muito elevados para o 2º semestre. Os negócios na BM&F oscilam em ritmo bem mais lento. Mas o primeiro vencimento na Bolsa brasileira (agosto de 2009) oscilou ao redor de US$ 27,20/saca (Paranaguá), em alta de 1,5%, no melhor nível dos últimos nove pregões. O problema é que a alta da soja em dólar encontrou uma similar queda do câmbio doméstico, de modo que as alterações de preços nas regiões produtoras são as mínimas possíveis.

Preço-alvo médio para GOIÁS(1)
fechamentos 25/06/2009
Câmbio R$ 1,951/dólar
Confira tabela no link: http://www.faeg.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2750&Itemid=111  
A análise de mercado da soja é realizada diariamente pela Gerência de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG).

Gerente de Estudos Técnicos e Econômicos: Edson Alves Novaes
Responsável técnico: Adriano Vendeth

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