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Manutenção de máquinas influencia produtividade

Regulagem, máquina nivelada e ajustes no dosador de semente e adubo garantem plantabilidade


Foto: Marcel Oliveira

O vazio sanitário da soja terminou no dia 15 de setembro no Mato Grosso do Sul. Mesmo com o clima seco produtores trabalham na implantação da nova safra. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) e o professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Paulo Arbex, trazem algumas recomendações para este momento ser bem sucedido.

Uma das principais tarefas é a manutenção do maquinário, que pode interferir diretamente na produtividade da lavoura. Arbex esclarece que uma regulagem bem feita, máquina nivelada e ajustes no dosador de semente e adubo garantem a plantabilidade. “Um embuchamento mal feito deixa a semente envelopada. O produtor não é descuidado com a máquina dele, é que a gente está alertando para os detalhes, desgaste de peças, molas, ajustes necessários. Conheço casos de lavouras em que o uso de adubo alteram de 20 a 30 quilos, em linhas diferentes, é possível contornar isso com ajustes”, destaca.

Investir na manutenção do maquinário pode resolver muitos problemas. “É preciso prestar atenção nas regulagens, apertar os parafusos. O conceito de capricho é usado para coisas bem feitas, não precisam ser muito elaboradas, mas devem ser feitas com atenção. Assim é o plantio”, comenta o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.

Arbex ainda alerta que a tecnologia é importante mas não pode passar na frente de alguns processos fundamentais. Além da manutenção o produtor deve se ater a usar insumos de qualidade, fazer a dessecação e corte da palha, ter capricho na manutenção das semeadoras e monitorar rigorosamente a distribuição de sementes e adubos, assim como a velocidade do deslocamento das máquinas.

Segundo o presidente da Fundação MS, Luciano Muzzi Mendes, o produtor também deve repassar esses conhecimentos para a equipe da fazenda. “A plantabilidade é um dos principais setores da safra. Se eu tivesse que gastar uma ficha, gastaria na plantabilidade. É o início de tudo. Não adianta fazer perfil de solo, aplicar um bom fungicida, quando devemos nos importar mesmo, é com uma lavoura muito bem instalada”, pontua.

Na safra passada o MS plantou cerca de 3 milhões de hectares de soja e colheu 11,3 milhões de toneladas, um avanço de 16,4%. O estado é o quinto maior produtor da oleaginosa no país.
 

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