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Maringá (PR) ganha pólo de pesquisa em cana-de-açúcar

Associação do Grupo Santa Terezinha ao CTC garante transferência de tecnologia


Um pólo regional de desenvolvimento tecnológico da cultura da cana, uma extensão do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) no Paraná, foi instalado na região de Maringá no início do mês. A área destinada ao laboratório será construída em Tapejara, Unidade 1 do Grupo Santa Terezinha, que responde, hoje, por uma área de 140 mil hectares de cana-de-açúcar em todo o Estado.

A parceria entre o centro de tecnologia e a empresa paranaense foi acordada no último dia 9 de fevereiro, quando representantes do CTC visitaram as usinas do Grupo em busca do melhor local para a instalação do pólo de pesquisa.

Com seis unidades operacionais no Paraná - Ivaté, Maringá, Paranacity, São Tomé, Tapejara e Terra Rica - todas voltadas à produção sucro-alcooleira, a empresa é responsável pela fabricação anual de 1 milhão de toneladas de açúcar e 270 milhões de litros de álcool e mantém um terminal de logística em sua sede, em Maringá, e outro em Paranaguá.

Para o diretor-superintendente do CTC, Nilson Zaramella Boeta, o Paraná é uma região estratégica para o centro tecnológico, tanto pelo potencial produtivo e expansão da cultura canavieira, como pela sua representação no agronegócio nacional.

"O pólo regional de desenvolvimento tecnológico será mantido pelo CTC e estará inteiramente voltado a estudos de campo ou de laboratório, segundo as condições agronômicas e meteorológicas comuns às regiões produtivas de cana no Estado", explica.

Segundo Boeta, o pólo começa a funcionar ainda este mês, com a presença de um gerente, além de técnicos do CTC atuando em tempo integral no Paraná. A área total será de 100 hectares e deverá estar em funcionamento pleno dentro de três ou quatro anos. "Os primeiros experimentos devem ter início em março."

De acordo com o diretor-superintendente do Grupo Santa Terezinha, Ágide Meneguette, a empresa mantém planos de crescimento e expansão de negócios, como a ampliação da capacidade de moagem, além do aumento da participação do grupo no mercado internacional. Ainda segundo Meneguette, a empresa pretende expandir seus negócios em 25%. O objetivo é crescer de 8 milhões de toneladas de cana moídas em 2006 para 11 milhões de toneladas este ano.

"Uma empresa em processo de crescimento não pode se dissociar da pesquisa, por isso o Grupo irá ceder a terra onde será construído o pólo regional do CTC e onde serão realizados os experimentos voltados à geração de tecnologia para os canaviais do Estado", assinala Meneguette, ressaltando que a empresa também mantém parceria com outras instituições de pesquisa da cana, incluindo a Universidade Federal do Paraná (UFPR), com o intuito de desenvolver variedades específicas para a região Norte do Estado.

"É um investimento de longo prazo. Se obtivermos uma nova cultivar nos próximos cinco anos já será um grande passo", reitera Meneguette. Para ele, a inovação tecnológica deve ser permanente, visando o melhor aproveitamento industrial da matéria-prima e gerando maior rendimento.

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