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Mato Grosso se destaca em feijão-caupi

Cadeia tem condições de crescer mais no Brasil e atingir mercado externo


Foto: Maria Eugênia Ribeiro/Embrapa

 A área plantada de feijão-caupi no Mato Grosso ainda é pequena, cerca de 6 mil hectares e a produção estimada pela Conab é de 7 mil toneladas. Mas quando se analisa a média de produtividade o estado tem o melhor desempenho, cerca de 1100 quilos por hectare. Em comparação com o Piauí, maior produtor nacional, a média é quase o triplo. O estado nordestino tem produtividade de 413 quilos por hectare. 
Muito deste desempenho se deve ao aporte de tecnologia. O desafio em relação ao caupi é aumentar a média de produtividade nacional e encontrar o mercado internacional. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial da variedade. 

Uma live, promovida pela Embrapa Meio-Norte, debateu o tema: “Feijões caupi e mungo: Demanda de mercado para exportação”. A live contou com a participação do pesquisador da Embrapa Meio-Norte Kaesel Damasceno, com o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe) Marcelo Luders  e Iuri Bruns, sócio fundador da Samba Internacional.

A China e a Índia são os principais mercados e representam uma possibilidade boa para toda a cadeia produtiva de caupi e mungo. Segundo o Ibrafe o Brasil exporta exporta pulses para 75 países, sendo que no período de 2015 a 2019 a Índia representou 52% deste total de exportações.  “O Brasil em 2018 contou com apenas 1,86% da comercialização mundial do feijão mungo, com 24,19 mil toneladas, ou seja, um mercado a ser explorado com o crescimento da demanda por um alimento de mais qualidade” comentou o dirigente do Ibrafe.

VEJA: Feijão-caupi está em expansão no mercado

Para Bruns o caminho para a cadeia produtiva é profissionalizar mais o setor, encontrar uma forma de trabalhar com sementes que tenham origem dando mais qualidade ao mercado.  “Hoje os clientes preferem o produto do Brasil, pela homogeneidade de colheita, com emprego da mecanização na cultura, nós conseguimos ter um padrão de qualidade em grandes volumes, que é uma coisa que os indianos e chineses não estava acostumados”, disse.

Com este cenário consumidor pesquisa e fundos financeiros para as associações que promovem o desenvolvimento da cadeia produtiva, sementes registradas, rastreabilidade e contratos na bolsa são apontados como fatores que podem alavancar a cadeia. 
 

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