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Mato Grosso tem maior chuva em 5 anos

Entre agosto e março acumulado é de 2.150,1mm no Estado


Foto: Pixabay

A Embrapa Agrossilvipastoril divulgou um novo boletim agrometeorológico de acompanhamento da safra 2020/2021. O documento apresenta dados de precipitação registrados na estação meteorológica da instituição de pesquisa sediada em Sinop (MT).

Os números mostram que o período de agosto 2020 até 10 de março de 2021 registrou o maior volume de chuva dos últimos cinco anos, com o total acumulado de 2.150,1mm. Destaque para os meses de dezembro, com 645,1mm e fevereiro, com 647mm, que foram os meses com maior precipitação nos últimos cinco anos.

Por outro lado, verificou-se chuvas abaixo da média em setembro e outubro em quase todo o Estado, o que atrasou a semeadura da soja em muitas regiões. A partir de novembro, embora ainda abaixo das médias históricas, as chuvas foram suficientes para o desenvolvimento inicial da lavoura. Em dezembro, houve aumento das chuvas em quase todo o estado, com excesso em alguns pontos no médio-norte. 

Em janeiro, as chuvas foram melhor distribuídas pelo estado, com exceção da região nordeste, onde houve veranicos. Já em fevereiro, foi registrado excesso de chuvas, sobretudo na região médio-norte, o que comprometeu a colheita da soja e a janela de semeadura do milho. No início de março, continuou o excesso de chuvas, fazendo com que produtores perdessem a janela de semeadura do milho e causando perdas em algumas áreas de soja.

Mesmo com as chuvas irregulares “de modo geral, a qualidade do grão é considerada satisfatória, contudo, há relatos pontuais de incidência de produto avariado e com a umidade superior aos padrões. Ainda assim, cabe destacar que as lavouras têm apresentado bom desempenho, e tais eventos não têm revertido os bons números da safra, e a produtividade média esperada é bastante positiva, na ordem de 3.473 kg/ha, patamar apenas 3,2% inferior ao recorde obtido no ciclo passado”, afirma o documento.

O levantamento ocorre há cinco safras, sempre com três boletins, sendo um após o término da semeadura, um segundo no fim da primeira safra e o terceiro ao fim da safrinha.

O documento ainda observa a comparação dos anos agrícolas 2016/2017, 2017/2018, 2018/2019, 2019/2020 e 2020/2021, em Sinop. Observa-se que o atraso da reposição hídrica total do solo foi maior no ano agrícola 2017/2018, quando o acúmulo foi de apenas 14mm, ou seja, a quantidade de água disponível no solo era de 14,4% de sua capacidade máxima. No presente ano agrícola 2020/2021, Sinop, MT alcançou a reposição hídrica total do solo no primeiro decêndio de novembro/2020.

Os documentos são feitos visando atender uma demanda do setor produtivo por informações oficiais que deem subsídios, por exemplo, para a solicitação de resgate de seguro rural por perdas causadas pelo clima. 
 

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