Mercado da soja avança impulsionado por compras da China
O movimento de alta foi impulsionado por possível paralização argentina
O movimento de alta foi impulsionado principalmente pelo temor de paralisações na Argentina - Foto: Divulgação
A soja encerrou o pregão desta quarta-feira (5) em alta na Bolsa de Chicago, impulsionada por novas compras chinesas e pela preocupação com uma possível greve na Argentina. As informações são da TF Agroeconômica. O contrato de novembro subiu 1,04%, cotado a US$ 1.119,75 por bushel, enquanto o de janeiro avançou 1,16%, a US$ 1.134,50. Entre os derivados, o farelo de soja registrou a maior valorização do dia, de 2,33%, fechando a US$ 324,8 por tonelada curta, e o óleo de soja teve ganho de 0,32%, a US$ 49,69 por libra-peso.
O movimento de alta foi impulsionado principalmente pelo temor de paralisações na Argentina, grande exportadora mundial de farelo, o que pode reduzir a oferta global e pressionar os preços internacionais. A demanda chinesa também trouxe suporte ao mercado. Nos últimos quatro dias, o país asiático encomendou 20 carregamentos de soja brasileira, metade com embarques previstos para dezembro e o restante entre março e julho de 2026.
Mesmo com a China mantendo tarifas extras de 13% sobre produtos americanos, o Brasil segue como principal fornecedor, beneficiado pela competitividade do seu grão. Além disso, a recente paralisação parcial do governo dos Estados Unidos limita a divulgação de dados sobre vendas externas, elevando a incerteza e estimulando o movimento de compras especulativas em Chicago. Com esses fatores, os analistas avaliam que a tendência de valorização da soja pode persistir nos próximos dias, sustentada pela forte demanda asiática e pela instabilidade na oferta sul-americana. As informações foram divulgadas nesta manhã.