Mercado de grãos inicia outubro com quedas
No caso do trigo, a produção dos Estados Unidos foi revisada para cima
No caso do trigo, a produção dos Estados Unidos foi revisada para cima - Foto: Agrolink
O mercado internacional de grãos começou o mês de outubro em queda, refletindo revisões nas projeções do USDA para trigo, soja e milho. Segundo informações da TF Agroeconômica, os ajustes na oferta e nos estoques americanos pressionaram as cotações nas bolsas internacionais, com destaque para o recuo dos contratos de referência em Chicago.
No caso do trigo, a produção dos Estados Unidos foi revisada para cima, agora estimada em 54 milhões de toneladas, o que aumentou a disponibilidade e impactou os estoques trimestrais, que ficaram em 57,7 milhões de toneladas no fim do primeiro semestre da safra 2025/26. Com isso, os preços caíram e o contrato de dezembro de 2025 atingiu nova mínima, encerrando abaixo de US$ 5,10/bu. No mercado interno, o indicador do CEPEA recuou 1,83% no Paraná e 0,12% no Rio Grande do Sul.
A soja também manteve tendência negativa em Chicago, influenciada principalmente pela ausência da China nas compras americanas desde maio. Sem fundamentos que revertam a pressão, os preços caíram entre 5 e 5,50 pontos nos contratos mais negociados, e o contrato de novembro de 2025 recuou abaixo de US$ 10/bu, menor patamar desde agosto. No Brasil, a oleaginosa foi cotada a R$ 128,88 no interior do Paraná (-0,10% no dia) e a R$ 133,62 em Paranaguá (-0,57%).
Já o milho teve seus estoques revisados significativamente para cima, alcançando 38,9 milhões de toneladas, acima das estimativas anteriores do USDA. Esse cenário levou os preços de dezembro de 2025 em Chicago a caírem abaixo de US$ 4,20/bu, encontrando suporte apenas em US$ 4,15/bu. No Brasil, o contrato para novembro na B3 fechou a R$ 65,28, enquanto o indicador do CEPEA ficou em R$ 64,26, ambos em leve queda.
