Mercado de trigo perde ritmo no Sul
Em Santa Catarina, o cenário permaneceu semelhante às semanas anteriores
Em Santa Catarina, o cenário permaneceu semelhante às semanas anteriores - Foto: Divulgação
O mercado de trigo apresentou ritmo lento nos principais estados produtores do Sul, com negociações enfraquecidas pelo período de fim de ano e pela postura cautelosa dos compradores. Segundo a TF Agroeconômica, no Rio Grande do Sul as negociações estiveram praticamente suspensas, diante da possibilidade de moinhos encerrarem as atividades na próxima semana para limpeza e férias coletivas.
Com isso, o ano caminha para o encerramento com um volume estimado de 1,55 milhão de toneladas de safra nova já negociadas, entre moinhos locais, compradores de outros estados, ração e exportação, o que representa entre 42% e 44% da produção. Os preços no estado ficaram em níveis apenas referenciais, entre R$ 1.100 e R$ 1.150 postos nos moinhos locais. No porto, o trigo para moagem foi indicado a R$ 1.180 para dezembro e R$ 1.190 para janeiro, enquanto o trigo para ração variou de R$ 1.120 a R$ 1.130. O preço da pedra ao produtor em Panambi seguiu em R$ 54,00.
Em Santa Catarina, o cenário permaneceu semelhante às semanas anteriores, com o mercado avançando a passo lento e a colheita próxima do fim. As pedidas ficaram em torno de R$ 1.200 FOB, com indicações de moinhos entre R$ 1.150 e R$ 1.200 CIF, e registros de negócios a R$ 1.200 no diferido. Os preços pagos aos produtores se mantiveram estáveis em várias regiões do estado.
No Paraná, o mercado seguiu travado, em ritmo típico de fim de ano, com moinhos indicando valores entre R$ 1.170 e R$ 1.250 CIF. A elevação do dólar impulsionou as ofertas por parte dos vendedores, mas o bom nível de abastecimento das indústrias limitou novos negócios. O preço médio pago aos agricultores registrou alta semanal de 0,51%, alcançando R$ 63,97 por saca.