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Mercado de trigo segue calmo

Em Santa Catarina, a safra nova ainda não apresenta volume significativo


Em Santa Catarina, a safra nova ainda não apresenta volume significativo Em Santa Catarina, a safra nova ainda não apresenta volume significativo - Foto: Canva

O mercado de trigo no Rio Grande do Sul segue calmo, com moinhos buscando compras ocasionais e sem novos negócios reportados nesta quarta-feira. Segundo a TF Agroeconômica, os moinhos locais preferem aguardar a evolução da colheita, enquanto o Real valorizado frente ao dólar desestimula transações de exportação. 

Onde há trigos colhidos, os compradores oferecem em torno de R$ 1.000,00 no interior, com vendedores pedindo entre R$ 1.050,00 e R$ 1.100,00. Para exportação, o trigo milling com 12% de proteína foi cotado a R$ 1.170,00 sobre rodas no Porto de Rio Grande, equivalente a R$ 1.000,00 a R$ 1.020,00 no interior. O preço “da pedra” para produtores segue caindo lentamente, com saca a R$ 59,00 em Santa Rosa e R$ 60,00 em Panambi.

Em Santa Catarina, a safra nova ainda não apresenta volume significativo, mantendo o mercado praticamente parado. O relatório da Conab indica 0% de colheita no estado, contra 4% no ano passado e 9,2% na média dos últimos cinco anos. Alguns produtores já pedem R$ 1.250,00 FOB pelo trigo que será colhido, mas os moinhos compradores ainda não fecharam negócios nesta faixa. Os preços pagos aos triticultores recuaram em várias regiões: R$ 63,00/saca em Canoinhas, R$ 61,00 em Chapecó, R$ 62,00 em Joaçaba, R$ 64,00 em Rio do Sul, e R$ 66,00 em São Miguel do Oeste e Xanxerê.

No Paraná, a recuperação do trigo argentino equilibrou o mercado interno, com indicações de compra a R$ 1.250,00 CIF nos Campos Gerais e Curitiba, para entrega em novembro e pagamento em dezembro. Para entrega imediata, os preços chegam a R$ 1.200,00 com pagamento em 30 dias. No Sudoeste do estado, a venda ocorre por R$ 1.230,00 FOB, atendendo moinhos em Santa Catarina. Já no Norte do Paraná, onde a colheita está concluída, o trigo de boa qualidade está nas cerealistas e cooperativas, mas o preço baixo, entre R$ 1.100,00 e R$ 1.120,00, dificulta novas negociações.

O mercado de trigo importado não apresentou alterações, com o trigo paraguaio cotado a US$ 230–245/tonelada para outubro e o argentino nacionalizado em Porto PR a US$ 269,00. A desvalorização do dólar no Brasil encareceu os importados, impactando o mercado. A média de preços pagos aos produtores caiu 0,95%, para R$ 64,32, frente ao custo de produção atualizado de R$ 74,63, ampliando o prejuízo do triticultor para -13,81%. 
 

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