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Mercados agrícolas encerram a semana entre cautela

Na soja, os preços mostraram estabilidade


Na soja, os preços mostraram estabilidade Na soja, os preços mostraram estabilidade - Foto: Divulgação

Segundo a TF Agroeconômica, os mercados de trigo, soja e milho operam nesta sexta-feira (31) com leve correção de lucros e ajustes técnicos, em um cenário global de incertezas comerciais e ampla oferta de grãos.

No mercado de trigo, as cotações seguem pressionadas em Chicago. O contrato de dezembro/25 fechou a US$ 519,50 (-4,75) por bushel, enquanto dezembro/26 encerrou a US$ 593,00 (-2,40). No Brasil, o CEPEA registrou preços de R$ 1.193,61 no Paraná (+0,10% no dia) e R$ 1.084,59 no Rio Grande do Sul (+0,1%). A ausência de menção ao cereal nas negociações entre Estados Unidos e China provocou realização de lucros e aumento da percepção de excesso de oferta global. Além disso, a colheita no Hemisfério Sul e o clima mais quente na Argentina diminuem os riscos de geadas, reforçando a tendência de baixa.

Na soja, os preços mostraram estabilidade, com o contrato novembro/25 a US$ 1.090,25 (-1,00) e maio/26 a US$ 1.124,50 (-0,75). Apesar da leve queda em Chicago, o mercado mantém firmeza, sustentado por compras chinesas de oito carregamentos de soja brasileira com entregas entre dezembro e junho. A expectativa gira em torno do possível acordo comercial entre EUA e China, que pode incluir 12 milhões de toneladas de soja americana neste ciclo e 25 milhões anuais pelos próximos três anos. No Brasil, os preços seguem em alta: R$ 133,84 no interior do Paraná (+0,31%) e R$ 140,25 em Paranaguá (+0,67%). A demanda aquecida e a melhora nas margens do biodiesel impulsionam o otimismo, enquanto o mercado aguarda o relatório WASDE de novembro.

Já o milho acompanha o ritmo mais moderado. O contrato dezembro/25 fechou a US$ 428,75 (-1,40) e julho/26 a US$ 456,50 (-2,25) em Chicago. A colheita recorde nos Estados Unidos e o clima seco previsto para o Meio-Oeste reduzem o ímpeto comprador. No Brasil, o milho da B3 recuou para R$ 67,71 (-0,70%) em novembro/25, enquanto o indicador CEPEA ficou em R$ 66,24 (+0,32%). A ausência de novas notícias comerciais após a cúpula Trump-Xi reforça o foco nos fundamentos produtivos e no avanço das exportações brasileiras, ainda robustas para a época do ano.
 

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