Mercados ajustam ritmo com oferta global
A soja registrou recuperação em Chicago
A soja registrou recuperação em Chicago - Foto: Canva
Os mercados agrícolas iniciaram a terça-feira com variações moderadas, acompanhando ajustes derivados do comportamento recente das cotações internacionais, de acordo com a TF Agroeconômica. No trigo, os preços recuaram em Chicago após a valorização da semana anterior, influenciados pelo baixo volume adquirido pela China nos Estados Unidos e pelo avanço das estimativas de produção na Argentina e na Austrália.
A revisão da ABARES elevou as previsões australianas para trigo, cevada e canola, enquanto análises privadas projetaram redução da oferta russa até 2026 e ligeiro crescimento na Ucrânia. No mercado brasileiro, os valores físicos apresentaram pequenas quedas no Paraná e no Rio Grande do Sul.
A soja registrou recuperação em Chicago, acompanhando a alta do óleo e reagindo às mínimas da sessão anterior. O mercado segue volátil, pressionado pela necessidade de avaliar dados divulgados no início do mês e pelas incertezas nos equilíbrios globais, em que fatores geopolíticos mantêm relevância. As exportações dos Estados Unidos avançaram, mas ainda dependem da confirmação pelos embarques, enquanto persistem dúvidas sobre o volume efetivo prometido pela China. A consultoria StoneX reduziu a estimativa para a safra brasileira e fontes do setor apontaram possibilidade de estoques globais recordes em 2026.
O milho teve leve alta em Chicago, sustentado pelo ritmo firme das exportações e dos embarques dos EUA, mesmo diante da oferta americana considerada sem precedentes. No Brasil, a Conab informou que o plantio da primeira safra atingiu 65,9% da área estimada, superando a semana anterior e a média recente.