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Metano liberado na agropecuária não afeta aquecimento global

Rebanho e arrozais crescem, mas concentração do gás estacionou


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Mais uma vez a tese mais conhecida sobre os causadores do aquecimento global é contrariada. A agricultura e a pecuária, segundo Luiz Carlos Molion, não são culpados pelas mudanças climáticas.

Na matéria desta quarta-feira (02), mostramos que o especialista defende que o homem e suas emissões de gases na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Hoje, outro réu, o gás metano liberado nas lavouras e nos rebanhos, foi liberado de suas acusações.

O gás metano é resultante da fermentação anaeróbica de substâncias orgânicas. Na agricultura ele vem principalmente das lavouras irrigadas de arroz. Os resíduos da planta que ficam em contato direto com a água entram em estado de putrefação e liberam o gás. Já na pecuária, a fonte é do rebanho ruminante, que se alimentam de matéria vegetal e liberam o gás na digestão.


Molion aponta que os arrozais estão aumentando, pois a população do mundo está aumentando e precisa comer. Na mesma crescente está o rebanho nacional, que aumenta 17 milhões de cabeças por ano. Entretanto, apesar de suas duas fontes agropecuárias estarem acrescendo, a concentração de metano não seguiu a tendência. Pelo contrário, nos últimos dez anos tem mostrado crescimento negativo.

“Para mim, ele (gás metano) já chegou a um nível de saturação dado às condições de pressão e temperatura que temos no planeta. Então pra cada molécula de metano que sair do ruminante ou do arrozal, uma tem que entrar no oceano, e fica equilibrado”, explicou em entrevista ao programa Canal Livre, da Band. “E pode ser que dentro de alguns anos o CO2 também entre num estágio de saturação que por mais que se libere na atmosfera, ele vai ser então absorvido pelo oceano”.

Para o pesquisador, de nada adiantam os protocolos de redução das emissões de gases, pois ele não controla o clima. A afirmativa serviria apenas para os países desenvolvidos frearem o desenvolvimento e crescimento econômico dos emergentes. “Aqueles que falam que (gases CO2 e metano) estão aquecendo a Terra não apresentam discursos científicos. Eles são movidos por interesses econômicos”, conclui. 


Luis Carlos Molion é PhD em Meteorologia pela University of Wisconsin, EUA; pós-doutor em Hidrologia de Florestas pela Institute of Hydrology, Reino Unido; professor e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas e representante da América Latina na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion defende que o homem e suas emissões de gases na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. 


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