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MG: algodão com lucros pesados

Minas Gerais deve colher 68,7 mil toneladas de algodão



A produtividade das lavouras mineiras de algodão está em alta. Os ganhos, também. O uso de novas tecnologias, aliado a boas práticas, deve refletir em colheita mais expressiva este ano. De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), os produtores de Minas devem colher 68,7 mil toneladas de algodão. Os dados constam em levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo o subsecretário do Agronegócio, Antônio Gama, “o aumento será da ordem de 2% em relação à safra anterior”. O ponto positivo é que o crescimento se dará sem expansão da área de plantio.

Gama destaca que as lavouras de algodão do estado ocupam atualmente 20,1 mil hectares, sendo o rendimento médio de 3,4 toneladas por hectare, contra 3,3 toneladas por hectare registradas no período anterior. O subsecretário acrescenta que o Valor Bruto da Produção (VBP) do algodão também estimula os agricultores. “De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a estimativa para Minas, neste ano, é de R$ 339 milhões, um aumento de 43,5% em relação ao VBP de 2013.”

O VBP é o resultado da multiplicação da produção estimada pela cotação média do produto. No caso do algodão, o percentual de crescimento é o maior no grupo dos principais produtos agrícolas de Minas Gerais. Gama explica que o principal fator que levou ao aumento do VBP foi a evolução dos preços. “Segundo o Indicador Cepea/Esalq, em 2013, o preço médio da arroba foi avaliado em R$ 68,8 e para este ano a estimativa é de R$ 72,2, portanto, uma evolução da ordem de 8,5%.”

INCENTIVO

Com o objetivo de estimular a atividade, o governo do estado, por meio da Seapa, desenvolve o Programa Mineiro de Incentivo à Cotonicultura (Proalminas). De acordo com o coordenador do programa, Lucas Rocha Carneiro, “um dos instrumentos da política de apoio ao setor é a premiação das indústrias ao algodão mineiro de qualidade, com acréscimo de 7,85% sobre o preço Esalq/arroba”.

Rocha Carneiro observa que o algodão necessita do Certificado de Origem e Qualidade para ser comercializado pelos cotonicultores. “A produção de Minas tem qualidade comprovada por um laboratório de excelência, criado em 2006 pela Associação dos Produtores de Algodão (Amipa) com a participação do governo estadual e reconhecido mundialmente pelo rigor das análises da fibra”, diz o coordenador do Proalminas, referindo-se ao Minas Cotton, localizado em Uberlândia, no Triângulo.

O laboratório tem certificação internacional e, em 2013, obteve a primeira e a segunda colocações mundiais quanto à precisão de suas análises, conforme avaliação do Comitê Consultivo do Algodão (International Cotton Advisory Committee – Icac) entidade sediada em Washington (EUA). “Análises rigorosas do algodão são indispensáveis porque possibilitam à indústria têxtil a aquisição da pluma de acordo com as suas necessidades específicas e, após obter o relatório das avaliações, as empresas também dispõem de um diferencial para a definição de preço”, destaca Rocha Carneiro.

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