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MG: seminário virtual apresentou a cadeia produtiva do pinhão

O município de Itajubá é o maior produtor do estado, totalizando 8,4% da produção naciona


Foto: Marcel Oliveira

O segundo de seminário virtual da série “Bioeconomia da Floresta” aconteceu na tarde desta terça-feira (17) e foi promovido pelo Serviço Florestal Brasileiro e pela secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, com parceria da Embrapa Florestas. Nesta edição foi apresentada a cadeia produtiva do pinhão na região sul de Minas Gerais.

O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Valdir Colatto, e a secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Ana Maria Soares Valentini, fizeram a abertura do evento, que contou ainda com a participação de representantes do chefe-geral da Embrapa Florestas, Erich Schaitza, representantes da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF/Mapa) e da Conab e das pesquisadoras Joelma Pádua e Dulcinéia de Carvalho.

O objetivo do encontro foi estimular a atuação dos gestores dos municípios mineiros localizados na região sul do estado, para promoção da bioeconomia local, com o foco no fomento e no desenvolvimento da cadeia do pinhão.

Valdir Colatto ressaltou a importância do evento como uma oportunidade debater as riquezas do Brasil. “O Serviço Florestal enxerga a bioeconomia com enorme potencial, uma vez que 37% da renda oriunda da economia florestal vem de produtos não madeireiros”, disse.

"O momento é de juntar todas essas forças: a Embrapa, a Conab, a SAF e o Serviço Florestal por meio de pesquisas, programas de fomento e de desenvolvimento das florestas e dos produtos das florestas”, defendeu o diretor-geral.

A secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Ana Maria Soares Valentini, defendeu o uso do solo por meios que não passem pelo desmatamento. Segundo Ana Maria, “este evento ganha uma força maior ainda ao propor a bioeconomia como uma atividade florestal, pois é preciso pensar outras formas de uso das florestas por meio do manejo e da produção sustentável”.

Pinhão

Segundo o diretor de Pesquisas e Informação Florestal, Humberto Navarro, O Brasil produz cerca de 9,5 mil toneladas de pinhão, sendo 16,2% desse total em Minas Gerais. O maior município produtor do estado é Itajubá, com produção de 793 toneladas, que representam 8,4% do total nacional. “Dentro das microrregiões mais produtivas, Itajubá e Pouso Alegre ocupam o terceiro e o quarto lugares no ranking nacional, segundo os dados do Sistema Nacional de Informações Florestais do SFB (SNIF)”, informou Navarro.

O chefe geral da Embrapa Florestas, Erich Schaitza, explicou a importância das pesquisas com pinhões para aumento da produção em diferentes épocas do ano. “As pesquisas com enxertos aumentam quase na metade do tempo do que pinhões tradicionais. Havendo ainda a possibilidade para o manejo sustentável da araucária para uso da madeira e do pinhão”.

A professora da UFLA, Dulcinéia de Carvalho, defendeu programas institucionais para o desenvolvimento da produção do pinhão do estado mineiro por pequenos agricultores. “Segundo relatório da Emater de 2019, há no estado 12.500 indivíduos em uma área de mil hectares. Essa área abrange a produção de 72 famílias, que produzem individualmente 1 a 2 toneladas de pinhão”, concluiu.

Webinários

O seminário “Bioeconomia da Floresta: Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento da Cadeia do Pinhão no sul de Minas Gerais” foi o segundo de um total de 7 encontros virtuais, que visam estimular a atuação dos gestores dos municípios para promoção da bioeconomia da floresta, com o foco no fomento e no desenvolvimento da cadeia do produto nos estados produtores.

Os webinários têm como público alvo secretários municipais de Agricultura e de Meio Ambiente, prefeitos, técnicos extensionistas da Emater e de cooperativas e de consórcios públicos, pesquisadores, estudantes e público em geral. Todas as edições serão transmitidas pelo Serviço Florestal Brasileiro em seu canal do Youtube.

Programação “Bioeconomia da Floresta: Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento das Cadeias da Sociobiodiversidade":

Cadeia do pequi e outros frutos do Cerrado (Norte de Minas) - 20/08 – 14h30

Cadeia do pequi e outros frutos do Cerrado (Goiás e DF): 25/08 – 14h30

Cadeia do babaçu (Maranhão e Piauí): 27/08 – 14h30

Cadeia do açaí e castanha (Amazônia): 24/09 - 14h30

Cadeia do açaí e castanha (Amazônia): 30/09 - 14h30

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