Milho começa ano com lentidão no mercado internacional
Na Argentina, os lances e ofertas firmes eram escassos
De acordo com o que afirmou a TF Agroeconômica, o mercado internacional do milho começou o ano com bastante lentidão. “Nos mercados à vista, as ofertas de milho para o Vietnã saltaram para US$ 298,50/t devido aos temores de oferta e demanda de spot vindas dos produtores de ração. Os importadores de milho devem cobrir as posições para embarque em janeiro-fevereiro, apesar dos preços terem atingido um pico histórico, disseram fontes comerciais”, comenta.
“Nos mercados do Mar Negro, as ofertas de milho foram ouvidas em € 200/t no FOB Constanta/Varna/Burgas para carregamento em fevereiro-março, com ofertas avaliadas em € 192-193/t. Nas Américas, poucos lances ou ofertas foram vistos nas principais origens e a demanda em grande escala ainda não havia retornado após o período festivo”, completa.
Na Argentina, os lances e ofertas firmes eram escassos, nenhum visto pelo segundo dia de negociação consecutivo. “Mas enquanto a especulação inicial era de que isso se devia à recente proibição das exportações até março, nenhuma oferta foi vista mais abaixo na curva, com um trader simplesmente alegando que era muito cedo depois do feriado para que a atividade realmente se recuperasse”, indica.
Já na B3, o milho começou o ano em alta, nesta segunda-feira, puxado pelo dólar e pela alta durante o pregão (depois terminou em queda) de Chicago. “Com isto, as cotações de janeiro avançaram mais R$ 0,29 para R$ 83,05; para março de 2021 também avançaram R$ 1,35 para R$ 84,95 e avançaram R$ 1,46/saca para R$ 80,83 para maio”, informa.
“A alta de 1,51% do dólar, que se somou a outras altas durante a semana passada, trouxe receio para os grandes compradores de que a exportação enxugasse a disponibilidade de milho do país, que já é pequena com as quebras de Safra do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina”, conclui.