Milho contraria mercado físico na B3
A safra de milho da 2ª safra do Brasil está 15% atrás do ritmo da temporada passada
A B3 contraria mais uma vez o mercado físico e os preços do milho fecharam praticamente estáveis nesse meio de semana, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “O Rabobank previu que as exportações de milho do Brasil chegarão a 21 MT para a safra 20/21, o que é 12 MT abaixo de sua previsão anterior com reduções na produção. A estimativa do USDA em julho era ver o Brasil oferecer 28 MT de milho ao mercado mundial - ele próprio um corte de 5 MT em relação a junho”, comenta.
A safra de milho da 2ª safra do Brasil está 15% atrás do ritmo da temporada passada, com 20,9% concluída. “Com isto, a toada de negócios na bolsa de mercadorias foi vista novamente hoje e os vencimentos recuaram na B3. Ao contrário do mercado físico, onde se vê o apetite de compra de fábricas que já aceitam as quebras de safra e têm ciência de que ficar sem o insumo seria pior, os negócios por aqui foram calmos, e em relação ao dia de ontem, uma quantidade menor de negócios foi realizada”, completa.
“Outro fator que motiva a decisão de tradings em realizarem ordens de venda é a possibilidade de importação, à medida que o dólar se enfraquece e os preços do mercado interno beiram, cada vez mais, os R$ 100,00 por saca. É que há alguns dias, o preço de importação encontrava-se em torno de R$ 99,00, e hoje já é possível cogitar a operação a partir de R$ 95,00 a saca. No fechamento do dia, julho apresentou a cotação de R$ 96,28, com alta de 0,61%; setembro fechou a R$ 96,94 (+1,45%); novembro a R$ 97,30 (+1,41%); janeiro a R$ 97,90 (+0,82%) e março a R$ 98,20 (+1,24%)”, conclui.