Milho da B3 atinge menor valor em um ano e meio
Na B3, os contratos futuros tiveram fechamento misto
Na B3, os contratos futuros tiveram fechamento misto - Foto: Divulgação
O mercado de milho iniciou a semana em ritmo mais contido, refletindo o impacto da desvalorização do dólar no Brasil e a expectativa por novos dados de oferta e demanda nos Estados Unidos. Na bolsa brasileira, as cotações do cereal encerraram a terça-feira em baixa, pressionadas pelo câmbio, enquanto em Chicago houve leve recuperação puxada por ajustes técnicos antes da divulgação do relatório WASDE.
De acordo com análise da TF Agroeconômica, o movimento na B3 foi influenciado principalmente pela queda da moeda americana, que rompeu a barreira dos R$ 5,30 e atingiu o menor valor de fechamento em quase um ano e meio. Com o dólar mais baixo, produtores brasileiros tendem a priorizar o mercado interno, onde os preços seguem firmes. Levantamento do Cepea apontou que as cotações domésticas do milho voltaram aos patamares observados em junho deste ano, sustentadas pela boa demanda das indústrias e pelos custos logísticos ainda elevados.
Na B3, os contratos futuros tiveram fechamento misto. O vencimento de novembro de 2025 terminou o dia a R$ 67,74, com leve baixa de R$ 0,02 no dia e queda semanal de R$ 0,61. O contrato de janeiro de 2026 recuou R$ 0,31, encerrando a R$ 70,41, enquanto o de março de 2026 foi cotado a R$ 72,32, com perda diária de R$ 0,18 e semanal de R$ 1,70.
No mercado internacional, as cotações do milho em Chicago fecharam em alta, com investidores ajustando posições antes da retomada da divulgação do relatório WASDE, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A TF Agroeconômica destacou que a expectativa geral é de redução na estimativa de produção norte-americana, projetada pelo mercado em torno de 420 milhões de toneladas, abaixo das 427 milhões indicadas em setembro.