Foto: Eliza Maliszewski
O mercado de milho na B3 de São Paulo voltou a fechar em alta novamente nesta sexta-feira e na semana, impulsionado pela escassez de produto, elevações do dólar e da demanda por carnes, segundo informações da TF Agroeconômica. “Com isto, as cotações de janeiro avançaram mais R$ 0,01 no dia, mas R$ 0,84 na semana para R$ 84,22; as de março de 2021 avançaram R$ 0,08 no dia e R$ 2,53 na semana para R$ 88,20 e as de maio avançaram R$ 0,53 no dia e R$ 3,38 na semana para R$ 84,54’, comenta.
“Os fundamentos ainda permanecem altistas, com a falta de disponibilidade no Brasil (por excesso de vendas no ano) e na Argentina (por redução na safra aliado à forte demanda internacional na Ásia). Além disso, o Brasil plantou uma área menor e ainda há cinco meses e meio até chegar a Safrinha brasileira”, completa.
Por último, ainda temos uma demanda forte (as exportações de frango cresceram 40% e as do próprio milho continuam elevadas) o que leva a crer que os preços permanecerão firmes. “Finalmente, o dólar, que tinha recuado 2% na semana, subiu líquidos 2% nas duas primeiras semanas do ano e promete continuar firme por ruídos políticos (que apenas começaram), falta de continuação das reformas e problemas fiscais”, indica.
Em Chicago, tendo fechado em seus níveis mais altos desde junho de 2013 na quinta-feira, os futuros do milho caíram de volta para o vermelho na sexta-feira. “Chuvas na América do Sul e petróleo com quedas, pressionaram as cotações. Enquanto isso, os contratempos impuseram limites para o desempenho da demanda externa nos EUA e perspectivas de estoques finais mais baixos para o ciclo. Por sua vez, teme-se que a Rússia e a Ucrânia intervenham no mercado de exportação com tarifas”, conclui.