Milho fecha semana em queda na B3
A volatilidade deverá vigorar de agora em diante
Agrolink
- Leonardo Gottems
Foto: Leonardo Gottems
O mercado de milho na B3 de São Paulo fechou em queda normal, nesta sexta-feira, de correção, devido à alta do dia anterior, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Daqui para frente esta volatilidade tende a aumentar, com um passo à frente e outro para trás, porque os níveis de preço estão muito altos. Com isto, a cotação de março fechou em queda de R$ 0,14 no dia, mas alta de R$ 1,30 na semana a R$ 92,19; a de maio recuou R$ 1,04 no dia e R$ 2,88 na semana a R$ 93,02 e a de julho recuou R$ 1,26 no dia e R$ 2,26 na semana para R$ 88,04”, comenta.
Nesse cenário, a volatilidade deverá vigorar de agora em diante, porque o nível de preços está muito alto e porque o pico foi atingido dois meses antes do previsto. “O relatório mensal da Conab elevou em 1,82 milhão de toneladas os estoques finais do milho no Brasil e isto pesou sobre o mercado, que moderou o ritmo de alta”, completa.
Em Chicago, os futuros estão estáveis em meio a USD mais alto, com menor demanda. “Os futuros do milho permaneceram praticamente inalterados nesta sexta-feira em meio a um dólar americano mais forte e menos consultas dos principais importadores de milho dos EUA, após uma enxurrada de propostas no início da quinta-feira. No fechamento, o contrato de maio estava sendo negociado a $ 5,382/bu, queda de $ 0,002/bu em relação ao fechamento de quinta-feira, com o contrato de julho mudando de mãos a $ 5,276/bu, queda de meio centavo”, indica.
“Os novos desenvolvimentos eram escassos e, embora as novas chuvas na Argentina devam retardar o progresso da colheita, o sentimento geral era negativo em relação à demanda futura de milho dos EUA na próxima semana. E com o dólar americano subindo cerca de meio por cento em relação a outras moedas principais, isso só serviu para destacar a competitividade relativa de outras origens principais, como a Argentina”, conclui.