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Milho nos EUA: exportações sustentam preços, mas ritmo desacelera

Exportações dos Estados Unidos alcançaram 1,2 milhão de toneladas


Foto: Pixabay

Os preços internacionais do milho mantiveram leve tendência de alta no final de outubro, apoiados no desempenho das exportações norte-americanas. Conforme análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o bushel fechou em US$ 4,30 na Bolsa de Chicago no dia 30, ligeiramente acima da semana anterior.

As exportações dos Estados Unidos alcançaram 1,2 milhão de toneladas na semana encerrada em 23 de outubro, dentro das expectativas do mercado. No acumulado do ano comercial, o país soma 10,5 milhões de toneladas embarcadas, um avanço expressivo de 58% frente ao mesmo período do ano passado.

Entretanto, o ritmo mostra sinais de desaceleração. As projeções indicam que, sem novos impulsos de demanda, os embarques podem perder força nas próximas semanas. A CEEMA alerta para a concorrência crescente do milho sul-americano, especialmente o brasileiro, que começa a se destacar mesmo com preços menos atrativos.

O mercado também acompanha com atenção o andamento da colheita nos EUA. O clima favorável tem permitido bom avanço dos trabalhos, o que tende a aumentar a oferta disponível no curto prazo, pressionando as cotações.

Outro fator de suporte aos preços é o aumento no preço médio da tonelada exportada, que passou de US$ 199,10 em outubro de 2024 para US$ 210,70 em 2025, representando um ganho de 5,8%. Esse dado reforça a percepção de que o milho norte-americano mantém competitividade em mercados de alto valor agregado.

Contudo, analistas internacionais observam que os estoques finais elevados e a concorrência externa devem limitar qualquer valorização expressiva do cereal nas próximas semanas, a menos que haja choques de oferta.

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