Milho oscila na B3 com queda do dólar
Na B3, o contrato de novembro de 2025 fechou a R$ 67,76
Na B3, o contrato de novembro de 2025 fechou a R$ 67,76 - Foto: USDA
O mercado de milho iniciou a semana com comportamento dividido entre Brasil e Estados Unidos, influenciado por variações cambiais e ajustes de posição de investidores. Segundo análise da TF Agroeconômica, os contratos futuros na B3 encerraram o pregão de forma mista, refletindo a queda do dólar e a alta registrada na Bolsa de Chicago. Os vencimentos da safra 25/26 perderam força com o recuo da moeda americana, enquanto os contratos mais longos acompanharam o avanço internacional.
Levantamento do Cepea mostra que os preços do milho no mercado interno seguem firmes, retomando os níveis observados em junho. Produtores concentram-se na semeadura da safra de verão e, em algumas regiões, as fortes chuvas têm gerado preocupação. A comercialização permanece contida, com vendedores priorizando contratos já firmados e aguardando novas valorizações para retornar ao mercado spot. Por outro lado, compradores relatam estoques suficientes para o curto prazo e realizam aquisições pontuais.
O Cepea destaca que a alta é limitada pela expectativa de safra recorde e pela necessidade de espaço nos armazéns. Dados da Secex analisados pelo centro indicam que o Brasil exportou 6,5 milhões de toneladas de milho em outubro, volume 14% menor que o de setembro e 1,5% acima do mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2025, os embarques somam 29,82 milhões de toneladas, queda de 3,2% frente a 2024.
Na B3, o contrato de novembro de 2025 fechou a R$ 67,76, leve alta de R$ 0,04 no dia. Janeiro de 2026 recuou para R$ 70,72, e março de 2026 encerrou a R$ 72,50. Em Chicago, o milho avançou com a perspectiva de que os Estados Unidos evitem o shutdown. A TF Agroeconômica explica que fundos de investimento aproveitaram o cenário político mais estável para recompor carteiras, levando o contrato de dezembro a US$ 4,2975 por bushel e o de março a US$ 4,4450.