Milho perde força em Chicago

Os preços do milho encerraram a última semana de setembro em queda nos principais mercados de referência. Em Campinas (SP), a saca foi cotada a R$ 64,42, retração de 1,28% em relação à semana anterior, segundo o Cepea. Já na B3, o contrato corrente recuou 1,33%, acompanhando as perdas internacionais. Na CME-Group, em Chicago, a cotação do milho caiu 0,28% na semana, fechando a média em R$ 53,26/sc. O movimento refletiu cautela dos investidores diante das condições das lavouras nos EUA e das perspectivas de corte de produtividade com o avanço da colheita.

De acordo com o boletim informativo do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a paridade de exportação para julho de 2026 também recuou 0,63%, cotada a R$ 38,63/sc, pressionada pelas quedas externas. O prêmio no porto de Santos, no entanto, se manteve estável em US$ 1,10/bu.

Em Mato Grosso, o cenário foi distinto. O preço do milho disponível registrou leve alta de 0,52%, alcançando R$ 44,50/sc, sustentado pela demanda aquecida das indústrias locais. Esse movimento reduziu o diferencial de base entre o estado e Chicago em 3,81%, fechando em R$ -8,76/sc.

O dólar comercial encerrou a semana a R$ 5,33, alta de 0,34%. Embora a valorização do câmbio favoreça exportações, o mercado externo ainda mostra sinais de cautela, o que limita o repasse positivo aos preços domésticos.

Para as próximas semanas, o foco dos agentes deve permanecer nos relatórios do USDA sobre o andamento da colheita norte-americana. O desempenho das lavouras dos EUA será decisivo para definir o rumo das cotações e a competitividade do milho brasileiro no mercado internacional.