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Milho recua com negociações lentas no fim do ano

As cotações futuras vêm sendo pressionadas pela redução da demanda


As cotações futuras vêm sendo pressionadas pela redução da demanda As cotações futuras vêm sendo pressionadas pela redução da demanda - Foto: Divulgação

O mercado de milho iniciou a semana com preços em queda e ritmo lento de negociações, refletindo um ambiente de menor interesse comprador no fim do ano. Levantamento da TF Agroeconômica mostra que os principais contratos do cereal na B3 encerraram a segunda-feira em baixa, acompanhando a menor procura observada neste período.

As cotações futuras vêm sendo pressionadas pela redução da demanda e pelo comportamento cauteloso dos produtores, que têm priorizado a venda da soja ou concentrado esforços no plantio. Esse movimento também é percebido no mercado físico. Dados do Cepea indicam que, apesar de os preços terem começado a última semana em patamares mais altos, houve recuo ao longo do período em função do enfraquecimento da demanda interna. Parte dos consumidores antecipou compras e se afastou das negociações no mercado spot, enquanto estimativas de oferta elevada para a safra 2025/26 reforçaram a pressão sobre os valores domésticos.

Do lado vendedor, muitos agentes seguem retraídos, sustentados pela expectativa de reação nos preços no início de 2026, com a retomada das compras após o recesso de parte das empresas. No campo, o retorno das chuvas em importantes regiões produtoras trouxe alívio aos agricultores quanto ao desenvolvimento das lavouras de verão e à semeadura da segunda safra. Em relatório recente, a Conab estimou a produção brasileira de milho em 138,87 milhões de toneladas na safra 2025/26, volume ligeiramente inferior ao da temporada anterior, mas ainda o segundo maior da série histórica.

Na B3, o contrato janeiro de 2026 fechou a R$ 71,59, enquanto março de 2026 encerrou a R$ 74,76 e maio de 2026 a R$ 74,17, todos com perdas no dia e na semana. No mercado internacional, o milho também recuou na Bolsa de Chicago, pressionado pelas quedas da soja e do trigo, apesar do bom ritmo de vendas externas e embarques acima do registrado no ano anterior.
 

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