Milho recua no mercado brasileiro e sobe em Chicago
Na B3, os principais contratos futuros encerraram o dia em baixa
Na B3, os principais contratos futuros encerraram o dia em baixa - Foto: Divulgação
O mercado de milho apresentou comportamentos distintos nesta quinta-feira, com queda nos preços na bolsa brasileira e alta nas cotações internacionais, segundo informações da TF Agroeconômica. O cenário reflete ajustes recentes nas variáveis climáticas, cambiais e de demanda, que seguem influenciando a formação de preços no curto prazo.
Na B3, os principais contratos futuros encerraram o dia em baixa. As cotações se acomodaram após a ocorrência de chuvas, reduzindo gradualmente o prêmio de risco climático que vinha sustentando os preços. Ainda há atenção ao atraso no plantio da soja, fator que pode impactar a janela ideal do milho safrinha, mas o mercado passou a reagir de forma mais cautelosa. A acomodação do dólar após o sobressalto recente, motivado por fatores políticos, também pressionou o mercado físico no interior do país. Apesar disso, os portos seguem aproveitando a moeda americana acima de R$ 5,40 para oferecer melhores preços.
Nesse contexto, o contrato janeiro/26 fechou a R$ 72,27, com queda diária de R$ 0,76 e recuo semanal de R$ 2,13. O vencimento março/26 encerrou a R$ 75,15, com baixa de R$ 0,62 no dia e de R$ 0,94 na semana. Já o contrato maio/26 terminou cotado a R$ 74,36, apresentando perda diária de R$ 0,74 e semanal de R$ 1,23.
Em Chicago, o milho fechou em alta, sustentado pela forte demanda externa e interna. O contrato dezembro subiu 1,95%, a US$ 431,75 por bushel, enquanto março avançou 1,60%, para US$ 445,50. O movimento foi apoiado por uma venda relâmpago de 186 mil toneladas e por dados positivos do relatório de oferta e demanda do USDA de dezembro. As vendas de exportação entre 7 e 13 de novembro superaram as expectativas e os compromissos acumulados estão 30% acima do ano anterior. Já o relatório NASS indicou crescimento médio de 9,43% no uso total do cereal no mercado interno.