Milho segue com baixa liquidez
As negociações de milho seguem praticamente paradas

O mercado gaúcho de milho segue com liquidez baixa e negociações restritas, com a indústria ainda dependente de grãos de outros estados e do Paraguai, segundo informações da TF Agroeconômica. “As indicações de compra variam entre R$ 67,00/saca em Santa Rosa e Ijuí, R$ 68,00 em Não-Me-Toque e Seberi, R$ 69,00 em Marau e Gaurama e R$ 70,00 em Arroio do Meio, Lajeado e Montenegro. Para setembro, os pedidos giram entre R$ 68,00 e R$ 70,00/saca, com referência futura no porto em R$ 69,00/saca para fevereiro/26”, comenta.
As negociações de milho seguem praticamente paradas diante da ampla diferença entre pedidas e ofertas em Santa Catarina. “Em Campos Novos, produtores pedem R$ 80,00/saca, enquanto as ofertas não passam de R$ 70,00. No Planalto Norte, pedidos em R$ 75,00 contrastam com ofertas de R$ 71,00, travando os negócios e levando agricultores a repensar investimentos para o próximo ciclo”, completa.
O mercado de milho paranaense segue travado, com produtores pedindo em média R$ 73,00/saca FOB, chegando a R$ 75,00 em algumas praças, enquanto a indústria mantém ofertas abaixo de R$ 70,00 CIF. “A segunda safra atingiu 99,0% da área colhida, contra 96% na semana anterior, abaixo dos 100% do mesmo período em 2024 e da média histórica. Restam apenas talhões tardios e de menor potencial, alguns com perdas acima de 50%. Apesar das geadas de junho, o ciclo fecha positivo, já que o frio atingiu fases menos vulneráveis”, indica.
Oferta ampliada, mas as vendas continuam restritas no Mato Grosso do Sul. “Os preços variam entre R$ 48,00 e R$ 53,00/saca, com Dourados no topo. Apesar de ajustes pontuais, o mercado permanece estável. Produtores insistem em pedidos mais altos e restringem a liberação de lotes, o que reduz o interesse da indústria e mantém o spot praticamente parado”, indica.