Milho sobe na B3: Confira
No mercado futuro da B3, os contratos encerraram de forma mista

O milho começou a semana em alta na B3, mesmo diante da queda do dólar, refletindo um melhor ritmo nas exportações brasileiras. Segundo a TF Agroeconômica, dados do Cepea indicam que, em setembro, o volume de milho exportado já superou em 3% o registrado no mesmo período de 2024, impulsionado por negócios realizados antecipadamente.
A lentidão nos portos, causada pela proximidade dos preços praticados em Paranaguá (PR) e Santos (SP) com os valores nacionais, reduz o interesse em novas efetivações para exportação. Conforme a Secex, os embarques parciais de setembro somaram 6,6 milhões de toneladas, enquanto a safra 2024/25 acumula 18,8 milhões de toneladas, 4% abaixo do mesmo período de 2024. Pesquisadores do Cepea alertam que o ritmo de embarques pode diminuir nas próximas semanas diante da forte concorrência da safra recorde americana.
No mercado futuro da B3, os contratos encerraram de forma mista: novembro/25 fechou a R$ 66,36, alta de R$ 0,38 no dia; janeiro/26, a R$ 68,51, alta de R$ 0,03; e março/26, a R$ 71,27, com alta de R$ 0,33.
Nos Estados Unidos, o milho negociado na CBOT também apresentou comportamento misto. O contrato de dezembro fechou em alta de 0,66%, a US$ 421,75, enquanto março avançou 0,57%, a US$ 438,25. O mercado acompanha de perto os embarques americanos, que somaram 1.599.941 toneladas na última semana, perto do máximo previsto, além do avanço da colheita da supersafra, estimada em 29% conforme dados privados.
O cenário reflete a atenção do mercado global ao ritmo das exportações brasileiras e à concorrência externa, com agentes avaliando a dinâmica dos preços domésticos e internacionais, bem como os impactos da safra americana na liquidez futura do cereal.