Milho termina setembro pressionado
Em Chicago, o movimento também foi de retração

O mercado de milho terminou setembro pressionado por fatores internos e externos, com desvalorização nas bolsas, mas relativa estabilidade no preço físico. Segundo a TF Agroeconômica, os principais contratos futuros recuaram na B3 nesta terça-feira (30), refletindo a queda registrada em Chicago, ao mesmo tempo em que produtores brasileiros seguem retendo estoques diante do consumo doméstico firme e das exportações aquém do esperado.
Na Bolsa de Mercadorias de São Paulo (B3), o contrato de novembro caiu 6,10% no acumulado do mês, fechando a R$ 65,28, com baixa diária de R$ 0,83. O janeiro/26 recuou 0,68% no dia, encerrando em R$ 68,36, e o março/26 fechou a R$ 71,28, queda de R$ 0,45 no pregão. Enquanto isso, o dólar recuou 1,83% no período, e a média Cepea para o milho físico ficou praticamente estável, com leve baixa de apenas 0,05% em setembro.
Em Chicago, o movimento também foi de retração. Os estoques trimestrais de milho dos Estados Unidos ficaram acima do esperado pelo mercado, pressionando as cotações. O contrato de dezembro recuou 1,42%, a US$ 415,50/bushel, enquanto o março perdeu 1,48%, cotado a US$ 432,00/bushel. A rápida evolução da colheita norte-americana, favorecida pelo clima seco, pesou sobre os preços, embora as vendas externas tenham dado algum suporte.
O USDA confirmou vendas adicionais de 246 mil toneladas e um avanço de 10,19% nas inspeções de embarques semanais, com alta de 52% no volume exportado neste início do ano comercial 25/26. Ainda assim, a concorrência deve aumentar no continente, já que a Argentina projeta expansão da área e da produção para a próxima safra, fator que pode limitar a recuperação das cotações no curto prazo.