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Minas busca recursos para fortalecer sua agricultura



O governo mineiro inicia captação de R$ 6,3 bilhões para estimular o a agropecuária e atrair a agro-indústria para o estado. Ontem, o governo copilou um levantamento da vocação natural e das prioridades de cada região. Sob a coordenação da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, representantes da agropecuária em 700 municípios identificaram problemas e soluções para recolocar Minas Gerais em lugar de destaque no cenário nacional. Segundo o titular da pasta, Odelmo Leão, os recursos deverão vir do Banco do Brasil, BNDES, BDMG, Sudene e cooperativas de crédito. "Há necessidade de aplicarmos R$ 1,8 bilhão em 400 mil pequenas propriedades rurais para incentivar a agricultura familiar e outros R$ 4,5 bilhões em agronegócios de médio e grande portes", disse. O secretário afirmou que o montante a ser levantado é cinco vezes maior que no ano anterior (cerca de R$ 1,5 bilhão). Os resultados positivos do comportamento do agronegócio mineiro, neste ano, ainda são tímidos diante do potencial de crescimento da fronteira agrícola identificada no Estado. Tanto a área plantada, a diversificação de culturas, como o desenvolvimento da agroindústria são alvos das políticas implantadas pelo governo do estado para o desenvolvimento do setor. A intenção da secretaria é agregar valor à produção agrícola, já que o beneficiamento dos produtos é feito, em grande escala, fora de Minas Gerais. "Minas é o maior produtor nacional de café, mas beneficia apenas 10% da produção. Apenas 45% da soja mineira é industrializada no estado. No ano passado, 4,2 milhões de cabeças de gado foram abatidas em Minas e apenas 1,2 milhão em frigoríficos mineiros", completou. Além de não agregar valor ao produto, por falta de capacidade de abate (10 grandes frigoríficos fecharam as portas no estado nos últimos anos), que não ultrapassa 40% com a inspeção federal, o Estado deixa de arrecadar recursos com a transformação do couro. Com isso, a economia mineira deixa de movimentar cerca de R$ 5,4 bilhões por ano. O estado deixa de oferecer 120 mil empregos, pois a mão-de-obra empregada a cada milhão de couros industrializados é de 30 mil pessoas. Esse trabalho significará, não só maior produção e conseqüente distribuição de alimentos, mas também a geração de renda, emprego e ampliação da fronteira agrícola do estado", afirma Odelmo Leão. Entre os municípios mineiros, 18,6% têm o agronegócio como o principal componente do PIB. O setor agropecuário ocupa o segundo lugar na composição do PIB em 54,3% dos municípios mineiros e em outros 27,6% é o terceiro. O saldo da balança comercial do agronegócio de Minas, no primeiro trimestre do ano, cresceu 33%, de US$ 258,3 milhões para US$ 343,9 %, em relação ao mesmo período de 2002. A exportação de carne suína cresceu 636%, de US$ 1,5 milhão para US$ 11,4 milhões no mesmo período analisado.

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