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Minidestilaria permite a produção de etanol "no quintal de casa"

Tecnologia permite produzir até 5 mil litros de etanol por dia em um espaço de 130 m²


Tecnologia permite produzir até 5 mil litros de etanol por dia em um espaço de 130 m²
Fabricar etanol no quintal de casa já é possível. Uma minidestilaria que produz até 5 mil litros de etanol por dia em um espaço reduzido está sendo lançada na Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia em Ação), realizada em Ribeirão Preto.

A tecnologia, inédita no mundo, foi desenvolvida em parceria pelas empresas USI (Usinas Sociais Inteligentes) de São Vicente (RS) e Fundição Água Vermelha, de Sertãozinho, e comercializada pelo Grupo E-Usinas, de Piracicaba.

O equipamento permite a produção de etanol de cana-se-açúcar, sorgo sacarino, mandioca, batata-doce e cereais como milho e arroz e pode ser utilizado por cooperativas de produtores, associações ou prefeituras.

O projeto está credenciado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Ministério da Agricultura (MAPA), embora cada unidade produtora necessite de credenciamento individual.

O combustível produzido pode ser usado em automóveis, motos, geradores, fogões, tratores, aviões agrícolas. “O etanol produzido tem as especificações da ANP e pode ser comercializado para distribuidoras por cooperativas de produtores ou para uso próprio de associações de taxis, vans ou frotistas e prefeituras”, afirma Dario Pires Filho da USI.

Adaptações permitem que também seja produzido álcool para a utilização na indústria farmacêutica, fabricação de plástico verde ou para limpeza.

O maquinário é capacitado para a moagem de 40 a 50 toneladas de cana e produção diária de 500 a 5 mil litros de etanol. Pode ser montado em uma área aproximada de 130 m2 e ser operado por apenas uma pessoa. O processo total, levando em conta também a extração e moagem da cana demanda, no máximo, quatro pessoas.

De acordo com o diretor da E-Usinas, Dirceu Martins Azevedo, o investimento para uma unidade produtora de mil litros/dia é de R$ 700 mil. O projeto já está cadastrado no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

De acordo com Osvaldo Mazer, diretor-presidente da FAV, empresa sertanezina responsável pelos equipamentos de moagem, a moenda da biorrefinaria é uma iniciativa inovadora. “Garante redução de custos com transporte do produto primário à refinaria e geração de empregos em áreas rurais”, afirma.

O equipamento, com patente requerida junto ao INPI, foi desenvolvido após quatro anos de pesquisa, que contou com o apoio de entidades como Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Maria-RS (UFSM), Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), Embrapa, Emater, Banco Mundial, Projeto Gaia e ABIMAQ.

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