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Moagem de cana-de-açúcar começa em MT

Maior usina de álcool e açúcar do Estado, deve moer sozinha cerca de 5 mi de t das 15 mi previstas


Maior usina de álcool e açúcar do Estado, a Itamarati deve moer sozinha cerca de 5 mi de t das 15 mi previstas

Ante a um cenário de elevação de preços do etanol hidratado e queda na cotação do açúcar em nível nacional, a indústria sucroalcooleira de Mato Grosso dá largada oficialmente nesta sexta feira à moagem de cana-de-açúcar, ciclo 10/11. A moagem visa à produção de açúcar e etanol (anidro e hidratado), mas por enquanto o tamanho da safra é uma incógnita. Chegou-se a cogitar uma produção de 1,1 bilhão de litros de etanol, mas a última reunião dos usineiros, ocorrida esta semana, deixou uma incógnita sobre o quanto será produzido. Uma coisa, porém, é certa, haverá um aumento na produção global mato-grossense em função da operação da ETH Bioenergia, planta inaugurada ano passado e que tem nesta temporada sua primeira produção comercial.


A moagem começa justamente pela maior usina de álcool e açúcar do Estado, a Itamarati, localizada em Nova Olímpia (207 quilômetros ao norte de Cuiabá). Sozinha, a planta deverá moer nesta safra cerca de 5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Na segunda-feira será a vez da Libra, de São José do Rio Claro (315 quilômetros ao norte de Cuiabá), iniciar a operação. Para o próximo dia 7 está previsto o início dos trabalhos na usina Novo Milênio, deslanchando o processo de moagem em todo o Estado.

Até o próximo dia 15, de acordo com estimativas do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado (Sindálcool), 60% das plantas estarão em operação. E, até o final de abril, todas as usinas em funcionamento.

A estimativa inicial indicava a moagem de aproximadamente 15 milhões de toneladas de cana-de-açúcar pelas dez usinas em operação no Estado: Itamarati, Barralcool (Barra do Bugres), Cooprodia (Campo Novo dos Pareci), ETH (Alto Taquari), Pantanal (Jaciara), Libra, Novo Milênio I (Lambari D’Oeste), Novo milênio II, (Mirassol D’Oeste), Alcoopan (Poconé) e Usimat (Campos de Júlio).

O volume de produção, contudo, dependerá do fator climático (ocorrência de chuvas) nas próximas semanas. Por enquanto, todos os institutos de meteorologia mostram que a probabilidade de ocorrerem chuvas a partir da próxima semana é de 5%, fato que preocupa o setor usineiro. “Se houver paralisação do regime de chuva, os canaviais vão parar de se desenvolver e, com isso, poderemos ter uma revisão de safra”, lembra o diretor do Sindácool, Jorge dos Santos.

Em Mato Grosso, o período da moagem de cana deverá mobilizar cerca de 17 mil trabalhadores nos canaviais e na indústria.

SAFRA - A produção mato-grossense – tanto de açúcar quanto de álcool – será destinada ao mercado doméstico, mais os estados do Acre, Rondônia e Amazonas. Sem revelar números, Jorge dos Santos diz que os estoques de passagem no período de entressafra se mantiveram em um patamar suficiente para atender o mercado.


BRASIL - Já as usinas da região Centro-Sul do país terão 24 milhões de toneladas a menos. No total, a principal região produtora de açúcar e de etanol do país deverá moer 557 milhões de toneladas, contra 580 milhões de toneladas processadas na safra de 2010. A queda na oferta se deve à seca do ano passado, que afetou a maturação das plantas. Mas essa perda poderá ser compensada pela produtividade. Segundo os especialistas, a planta cultivada no primeiro semestre de 2010, e disponível na safra prestes a ser iniciada, mantém as qualificações da cana moída do ano passado.

Com cotações melhores tanto para etanol quanto para açúcar, os usineiros esperam uma boa safra, enquanto os consumidores, proprietários de veículos, ficam na expectativa de que os preços do etanol (álcool hidratado) diminuam nas bombas dos postos.

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