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Moagem de cana no CS permanece em ritmo lento na primeira quinzena

No acumulado, moagem totalizou 35,09 milhões de toneladas


O volume processado de cana-de-açúcar pelas unidades produtoras da região Centro-Sul do País somou 20,96 milhões de toneladas na primeira quinzena de maio, expressiva queda de 36,89% relativamente as 33,21 milhões de toneladas registradas em igual período de 2011. No acumulado desde o início da safra 2012/2013, a moagem totalizou 35,09 milhões de toneladas, 38,67% inferior àquela observada no mesmo período do último ano (57,22 milhões de toneladas).


Esse declínio na quantidade de cana-de-açúcar processada até momento se deve ao atraso no início da safra em muitas usinas e às condições climáticas que prejudicaram a operacionalização da colheita em boa parte da região produtora.

Até 15 de maio, apenas 235 unidades produtoras estavam em atividade, quantidade inferior àquela observada na mesma data de 2011 (273 empresas). Aquelas unidades que ainda não iniciaram suas operações na safra 2012/2013 representaram 12,91% (63,67 milhões de toneladas) do volume total de cana-de-açúcar processado no último ano.

Além do início de safra tardio, a elevada precipitação pluviométrica também contribuiu para o recuo da moagem. Na primeira quinzena de maio, muitas usinas paralisaram a colheita em função das chuvas, que chegaram a superar 90 milímetros em alguns municípios localizados em tradicionais regiões produtoras de cana-de-açúcar do Estado de São Paulo. No mês de abril, o indicador de precipitação pluviométrica apurado pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) foi 25,39% superior ao nível histórico.

Segundo o Presidente Interino da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, “se as previsões meteorológicas se confirmarem, devemos ter um inverno mais úmido, com maior número de dias parados e menor aproveitamento de moagem pelas unidades produtoras”. Nesse cenário, também é provável uma redução da concentração de açúcares na matéria-prima, dificultando a manutenção do rendimento industrial, principalmente no caso da produção de açúcar.

Em relação à produtividade agrícola do canavial colhido até o momento, o executivo da UNICA acrescenta que os valores preliminares levantados indicam uma produtividade ligeiramente inferior aquela verificada em idêntico período da safra passada. Segundo Rodrigues, “isso já era esperado, porque a área colhida neste início de safra foi fortemente impactada pela seca observada em fevereiro e março de 2012”.

Produção de açúcar e de etanol


As produções de etanol e açúcar continuam abaixo daquelas registradas na safra passada, seguindo a retração da moagem. Entre 1º a 15 de maio, a fabricação de açúcar totalizou 1,02 milhão de toneladas, contra 1,56 milhão de toneladas no mesmo período de 2011. Em relação ao etanol, o volume produzido somou 772,81 milhões de litros (sendo 599,89 milhões de litros de etanol hidratado e 172,92 milhões de litros de etanol anidro), ante 1,27 bilhão de litros registrados no ano passado.

No acumulado desde o início da atual safra, a fabricação de açúcar alcançou 1,57 milhão de toneladas, declínio de 33,89% relativamente a igual período da safra 2011/2012. A produção de etanol, por sua vez, diminuiu em 39,28%, alcançando 1,32 bilhão de litros, contra 2,17 bilhões de litros verificados na safra anterior.


Em relação ao mix de produção, do volume total de cana-de-açúcar processado na primeira quinzena de maio, 45,11% destinou-se à fabricação de açúcar e 54,89% à de etanol. No acumulado desde o início da safra 2012/2013, a proporção de matéria-prima direcionada à produção de etanol atingiu 57,42%.

Qualidade da matéria-prima


A concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar atingiu 113,67 kg nos primeiros 15 dias de maio, queda de 0,50% quando comparada aos 114,25 kg obtidos na mesma quinzena de 2011. No acumulado desde o início da atual safra, a quantidade de ATR alcançou 110,21 kg por tonelada de matéria-prima, alta de 1,79% em relação a igual período do último ano.

Vendas de etanol pelas unidades produtoras


As vendas totais de etanol pelas unidades do Centro-sul, desde o início de abril até o final da primeira quinzena de maio, somaram 2,14 bilhões de litros, 11,58% acima daquelas registradas em idêntico período da safra anterior. Nesse período, o volume de etanol direcionado ao atendimento do mercado interno alcançou 2,02 bilhões de litros (dos quais 1,29 bilhão de litros referem-se ao etanol hidratado e 729,97 milhões de litros ao etanol anidro) - montante 8,09% superior aquele observado no mesmo período de 2011.

Na primeira quinzena de maio, o volume de etanol comercializado somou 748,22 milhões de litros. Deste total, 51,19 milhões de litros destinaram-se à exportação, enquanto 697,02 milhões de litros ao mercado interno.

Neste mercado, as vendas de etanol hidratado aumentaram 2,98% em relação a 2011, com 442,45 milhões de litros comercializados entre 1º a 15 de maio do ano atual. Já as vendas domésticas de etanol anidro alcançaram 254,57 milhões de litros na primeira quinzena de maio, contra 329,94 milhões de litros verificados no mesmo período de 2011 – essa redução se deve, principalmente, ao menor nível de mistura do etanol anidro na gasolina.

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