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Moderfrota deve sofrer mudanças


O governo federal deverá encaminhar nos próximos dias um voto ao Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecendo as novas bases para o Programa de Modernização da Frota Agrícola (Moderfrota). O objetivo do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, é ampliar os recursos também para os médios e pequenos produtores. O ministro não quis adiantar quais as novas faixas propostas, mas o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas Agrícolas do Estado (Simers), Cláudio Bier, foi informado de que a renda da primeira faixa recuaria para R$ 100 mil.

Criado em 2000 e considerado o mais vitorioso programa federal na área agroindustrial dos últimos anos, o Moderfrota oferecia até o ano passado crédito de 100% do valor da máquina para quem tivesse renda anual de até R$ 250 mil, com juros de 8,75% ao ano. Para o produtor que tiver ganho igual ou superior a R$ 250 mil no ano, o percentual do financiamento é de 90%, e os juros de 10,75%. O ministro também teria dito a Bier que o prazo máximo para o pagamento dos recursos passaria a ser de cinco anos. Hoje, esse período vale para as aquisições de tratores, implementos e equipamentos para secagem.

Para colheitadeiras, o prazo vai até oito anos. Bier vê recuo na proposta, mas salienta que as indústrias querem é uma definição imediata. "Em três anos de Moderfrota, 85% dos tomadores estão na faixa de R$ 250 mil", informa o industrial, salientando que o pequeno produtor não tem patrimônio, crédito e avalista para suportar um empréstimo nesses moldes. O presidente do Simers sugere que o governo crie um fundo de aval para beneficiar os pequenos produtores.

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