Modificação genética dobra rendimento do algodão

O algodão geneticamente modificado teve um rendimento 133% maior em um ano muito seco e 81% a mais em um ano mais chuvoso. O cientista responsável pela pesquisa da Texas Technological University (Texas Tech) acredita que os resultados podem ser aplicados a outras culturas importantes, como trigo, arroz e milho. 

Hong Zhang é professor de Biologia Molecular Vegetal e Biotecnologia Vegetal na Texas Tech. Alguns anos atrás, seu grupo publicou um estudo mostrando que poderia aumentar a produtividade do algodão em 35% a 40% em condições de sequeiro. 

Mas ele continuou a trabalhar em diferentes mudanças genéticas no algodão que poderiam levar a resultados ainda melhores, e um novo estudo publicado no " Plant Biotechnology Journal " em setembro detalha esses resultados. Durante o primeiro ano de experimentos com um novo conjunto de modificações genéticas, o rendimento da fibra das safras de algodão aumentou 133% em relação ao algodão não modificado em condições de terra seca no oeste do Texas. Aquele ano foi particularmente seco, disse ele, mas no ano seguinte choveu muito mais. O rendimento aumentou 81% durante o ano mais chuvoso. 

"80% ainda é enorme", disse Zhang entusiasmado durante uma entrevista recente, observando que um aumento de 20% a 30% é geralmente visto como uma grande melhoria. "É uma melhoria dramática, mas podemos fazer uma melhoria muito maior”, completou. 

Zhang disse que os resultados foram muito consistentes e podem ser repetidos, mas ele ainda está esperando para fazer um teste de campo maior. Ele disse que também não há inconvenientes no surgimento desses genes, mesmo que haja uma grande estação chuvosa, as plantas ainda produzem mais e não produziriam menos devido a modificações genéticas.