O Ministério Público Federal em Rondônia pediu o afastamento de nove servidores da SFA (Superintendência Federal de Agricultura) no Estado e a paralisação das atividades de empresas investigadas na Operação Abate, da Polícia Federal.
Sete desses servidores foram detidos anteontem pela PF, entre eles o superintendente Orimar Martins Silva. Eles são suspeitos de favorecerem empresas de laticínios, frigoríficos e curtume mediante propina.
O pedido atinge seis unidades de empresas investigadas desde o ano passado, entre elas gigantes do setor frigorífico, como JBS-Friboi e Margen.
Segundo a Procuradoria, o afastamento dos fiscais é necessário para "garantir a tranquila coleta de provas".
O procurador da República Reginaldo Pereira da Trindade disse que fiscais que contrariaram os interesses do suposto grupo criminoso são alvo de ameaças e perseguições.
A Procuradoria pede na ação cautelar a paralisação, total ou parcial, das atividades dos frigoríficos. Sustenta que a situação "compromete a qualidade dos produtos comercializados".
Trindade afirmou que parte dos produtos era comercializada na região Sul e Sudeste do país, mas que a "rota" da carne ainda é investigada.
A JBS-Friboi não se pronunciou sobre os desdobramentos da operação, e a Margen não atendeu a reportagem.
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