CI

MS deve concluir abate de gado até o final da semana

Previsão é de que sejam abatidos 25 mil animais até o final da semana nos seis frigoríficos credenciados



Até o final desta semana deve ser finalizado o abate de pelos menos 25 mil animais de Japorã, Eldorado e Mundo Novo (MS), segundo nova estimativa feita nessa segunda-feira (12-03) pela secretária de Desenvolvimento Agrário, da Produção e Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias.

Desde meados de fevereiro, e até a tarde dessa segunda-feira, 21.654 animais já foram abatidos nos frigoríficos autorizados a realizar o abate sanitário do rebanho bovino da região, onde há suspeita de circulação viral da febre aftosa, o que motivou a matança comercial dos animais. Inicialmente, as autoridades sanitárias de MS chegaram a afirmar que cerca de 60 mil animais seriam abatidos.

De acordo com informações da Seprotur, a conclusão do abate, prevista para o final de semana, encerra a primeira etapa das ações planejadas para área de vigilância sanitária especial - formada pelos três municípios no sul do Estado –, onde resultados sorológicos de bovinos no final do ano passado apresentaram índices de reagência elevado ao vírus de febre aftosa, preocupando as autoridades sanitárias.

A secretária ressaltou que a primeira etapa dos trabalhos é caracterizada pelo abate dos animais de propriedades que tiveram índices de reagência elevados e, em seguinda, serão realizados novos exames clínicos nos bovinos para levantar se os animais apresentam lesões semelhantes aos sinais clínicos, na boca e patas, causados pela febre aftosa. No entanto, Tereza Cristina ressaltou que a que expectativa é que nenhuma lesão seja encontrada no gado da região.

O diretor presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Agropecuária), Roberto Bacha, confirmou que o órgão está finalizando a primeira etapa dos trabalhos sanitários na região. Segundo ele, a Iagro deverá divulgar, após a conlusão dos abates, um relatório oficial sobre as ações.

Questionado sobre as medidas que serão adotadas nas próximas etapas, Bacha adiantou que a intenção é vacinar o rebanho da região, mas isso só será possível, segundo ele, após a realização de exames clínicos nos animais. "Vamos percorrer todas as propriedades, fazendo vigilância sanitária e identificando individualmente os animais", disse Bacha ao acrescentar que todo o trabalho demandará quase seis meses para ser realizado. Após essas ações, ele acredita que será possível fazer novo inquérito sorológico para verificar se serão necessárias ações complementares ou se a circulação viral foi definitivamente eliminada.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.