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MT: produtores são a favor de soja em fevereiro

Pesquisa realizada pela Aprosoja/MT mostra que 75% dos ouvidos são a favor


Foto: Nadia Borges

A polêmica foi instalada no começo deste ano. Cerca de 30 sojicultores de Mato Grosso plantaram soja fora da janela estabelecida pelo calendário oficial. No estado é lei que a cultura seja implantada de 16 de setembro a 31 dezembro, conforme a Instrução Normativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT) e do Indea, como forma de prevenir a disseminação de pragas e doenças, como a ferrugem asiática. 

No dia 6 de dezembro de 2019 a Aprosoja e o Indea-MT fizeram um acordo de mediação para autorizar um experimento de pesquisa, em 30 áreas de 50 hectares cada, com finalidade de fazer uma análise comparativa da severidade foliar da ferrugem asiática em lavouras de soja semeadas em dezembro e fevereiro com foco em alterar o calendário de plantio. O estudo seria conduzido pela Fundação de Experimento e Desenvolvimento Tecnológico Rio Verde. O Ministério Público entendeu que o acordo colocava em risco as condições fitossanitárias e era ilegal, recomendando a suspensão e multou a Aprosoja/MT em R$ 214 milhões por danos ambientais e mandou destruir os campos experimentais. A decisão foi revertida.

A entidade ouviu cerca de 600 produtores de 23 municípios mato-grossenses,  entre os dias 28 de julho a 21 de agosto de 2020, por telefone, pra saber a opinião deles sobre o assunto. A maioria ou 75% disseram apoiar que a Aprosoja/MT para que continue lutando para liberar o plantio da soja em fevereiro para produzir sua própria semente, sem adentrar no vazio sanitário. 20% se manifestaram contra e 5,5% não souberam ou não responderam. A margem de erro é de 3,5% para mais ou para menos. 

“São 74,5% dos produtores rurais que concordaram que a Aprosoja deve continuar com a luta pela abertura dessa janela em fevereiro, porque entendem que esse é o melhor período. Teremos uma semente de mais qualidade, usaremos menos defensivos agrícolas, além de reduzir os problemas fitossanitários e ambientais”, destacou o presidente Antonio Galvan.
 

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