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MT vai exportar algodão colorido

Variedades precisam seguir produção orgânica e terem certificação


Foto: Divulgação

O Mato Grosso vai exportar um algodão especial para a França. Trata-se de uma pluma naturalmente colorida. O resultado é fruto de um trabalho desenvolvido pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) desde o ano passado com cultivo das variedades coloridas no sistema agroecológico. O experimento é feito no município de Canarana, há mais de 800 quilômetros de Cuiabá, no Assentamento Rural Guatapará.

São 15 agricultores familiares envolvidos e a previsão é colher 15 toneladas de algodão em pluma (sem caroço) em uma área de 15 hectares. São quatro variedades oriundas da Embrapa: BRS Rubi, BRS Safira, BRS Verde e BRS Jade. A colheita mostrou uma produtividade entre 2.295 quilos a 3.975 quilos por hectare de algodão com caroço e foi realizada de forma manual, com todo o tratamento nas plantas e seguindo protocolo do cultivo do algodão comum.

Segundo o técnico agropecuário da Empaer, Gildomar Avrella, a previsão de produzir entre 12 toneladas a 15 toneladas e a rentabilidade com a venda do produto orgânico ficará em torno de R$ 16 mil por hectare. “Acompanhamos o desenvolvimento, comportamento dos materiais na região e usamos as mesmas tecnologias de cultivo do algodão tradicional. Considero que tivemos uma boa produtividade”, diz.

O mercado europeu exige que a produção de algodão tem que ser produzida de forma agroecológica/orgânica e ter a certificação para embarque internacional. O contato e as negociações estão sendo feitas com uma empresa francesa para aquisição do algodão tanto colorido como o branco, sendo todos orgânicos. Os agricultores precisam produzir um volume mínimo para exportação em torno de 15 toneladas de algodão por safra.

Os produtores foram capacitados e receberam treinamento para o cultivo sustentável com a oportunidade de desenvolver um trabalho com o algodão agroecológico abrindo mercados com fibras sustentáveis. O técnico da Empaer comenta que os produtores estarão organizados e em plena produção e comercialização na safra de 2022. Ele explica que a intenção é criar núcleos orgânicos dedicados a produção sustentável, que ajudará os agricultores a coordenarem seus esforços e acessarem benefícios como treinamento, assistência técnica e a transformação econômica, gerando renda e melhorando a condição de vida das famílias do meio rural.
 

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