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Mudanças climáticas alimentam pragas globais, diz CropLife

Os produtores de milho no Brasil verão uma queda de quase 16% nas colheitas



Foto: Marcel Oliveira

Pesquisas descobriram que o aquecimento global pode aumentar o número de pragas de insetos e aumentar o apetite, além de alterar os padrões de migração, o que pode representar uma ameaça ainda maior à produção agrícola global, segundo informou a CropLife International. De acordo com as informações, divulgadas pelo AgroPages, um aumento de apenas 2 graus na temperatura global pode causar um aumento de 46%, 19% e 31% nas perdas de produtividade relacionadas a pragas do trigo, arroz e milho.  

“Tais perdas de rendimento podem ter impactos catastróficos na segurança alimentar, que podem compor os desafios existentes trazidos pela pandemia global”, indica a CropLife International. 

Na Ásia, o governo chinês relata que seus agricultores estão lutando contra invasões do Fall Armyworm (FAW). O FAW é uma das pragas agrícolas mais destrutivas, alimentando-se principalmente de arroz e milho. Além disso, a pesquisa da CropLife mostrou que, em países produtores de grãos em toda a Europa, as mudanças climáticas podem levar a perdas relacionadas a pragas de 75% ou mais. A França, como principal produtora de trigo e milho, provavelmente seria a mais atingida. 

“O psilídeo cítrico asiático causa sérios danos às plantas cítricas e é portador da doença de esverdeamento cítrico. Esta praga pode ser encontrada em muitos estados dos EUA, incluindo a Flórida, com sua indústria cítrica de bilhões de dólares, e territórios como Porto Rico e Guam. Em fevereiro de 2020, o governo australiano confirmou que o Fall Armyworm (FAW) havia sido detectado no país pela primeira vez”, completa. 

Na América Latina, a National Geographic diz que os produtores de milho no Brasil verão uma queda de quase 16% nas colheitas devido às mudanças climáticas. “As pragas são uma das principais causas de perda de produção comercial no Brasil, e climas mais quentes serão ainda mais ideais para pragas como a broca da cana-de-açúcar”, conclui. 

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