Na região de Umuarama (PR), 75% das lavouras de milho foram plantadas com sementes de origem caseira
Como a região de Umuarama, no Paraná, não está incluída no zoneamento agrícola para o cultivo de milho de inverno, os produtores que investem nessa cultura ficam expostos a um risco maior, pois não contam com financiamento oficial e tampouco têm direito a seguro, em caso de uma frustração.
Em razão disso, a maior parte do milho de inverno é semeada com sementes “brancas”, ou seja, sem qualidade, como se pode observar nesta safra. Para se ter ideia, dos 1.776 hectares mantidos atualmente com a cultura, em nada menos que 1.307, o correspondente a 75%, os produtores utilizaram sementes também conhecidas como caseiras ou “de paiol”.
MENOS PRODUTIVA - “Não se pode esperar altas produtividades e qualidade dos grãos”, afirma o engenheiro agrônomo Erick Zobioli, da Cocamar em Umuarama. Ele explica que enquanto a média paranaense varia entre 80 e 85 sacas por hectare, não se consegue mais do que 60 sacas por hectare onde os produtores utilizaram aquele tipo de semente. Isto é, se o tempo ajudar.
A utilização das sementes “brancas” também contribui para a proliferação de pragas e doenças nas propriedades. Além disso, a comercialização de sementes sem registro é crime para quem vende e para quem planta, infringindo a Lei de Proteção de Cultivares e de Sementes e Mudas, sendo passível de multas.
BAIXA TECNOLOGIA - A redução do investimento, pontua Zobioli, não se limita à qualidade da semente, mas também à adubação, feita apenas na base, suprimindo-se o uso de adubação de cobertura. Outro ponto importante é o baixo nível tecnológico adotado, como a não adoção dos fungicidas. “Com isso, além de o potencial de produtividade ficar limitado, a lavoura se torna mais suscetível ao ataque de pragas e doenças”, acrescenta o agrônomo, enfatizando o risco maior de uma frustração.
DEIXANDO - Zobioli cita que os produtores se arriscam na tentativa de conseguir algum lucro com o milho de inverno. No entanto, ano após ano, devido aos maus resultados, a cultura vem perdendo espaço para a pastagem.
Situação semelhante a de Umuarama é observada em outros municípios da região de abrangência da Cocamar, como Iporã (PR) e Nova Andradina (MS). De acordo com o engenheiro agrônomo Rafael Furlanetto, coordenador técnico de culturas anuais da região III (norte do Estado), no total, em 3% da área cultivada com milho na área da cooperativa – que compreende o noroeste e norte do Paraná, o oeste paulista e o sudoeste do Mato Grosso do Sul – foram usadas sementes não certificadas.
Em razão disso, a maior parte do milho de inverno é semeada com sementes “brancas”, ou seja, sem qualidade, como se pode observar nesta safra. Para se ter ideia, dos 1.776 hectares mantidos atualmente com a cultura, em nada menos que 1.307, o correspondente a 75%, os produtores utilizaram sementes também conhecidas como caseiras ou “de paiol”.
MENOS PRODUTIVA - “Não se pode esperar altas produtividades e qualidade dos grãos”, afirma o engenheiro agrônomo Erick Zobioli, da Cocamar em Umuarama. Ele explica que enquanto a média paranaense varia entre 80 e 85 sacas por hectare, não se consegue mais do que 60 sacas por hectare onde os produtores utilizaram aquele tipo de semente. Isto é, se o tempo ajudar.
A utilização das sementes “brancas” também contribui para a proliferação de pragas e doenças nas propriedades. Além disso, a comercialização de sementes sem registro é crime para quem vende e para quem planta, infringindo a Lei de Proteção de Cultivares e de Sementes e Mudas, sendo passível de multas.
BAIXA TECNOLOGIA - A redução do investimento, pontua Zobioli, não se limita à qualidade da semente, mas também à adubação, feita apenas na base, suprimindo-se o uso de adubação de cobertura. Outro ponto importante é o baixo nível tecnológico adotado, como a não adoção dos fungicidas. “Com isso, além de o potencial de produtividade ficar limitado, a lavoura se torna mais suscetível ao ataque de pragas e doenças”, acrescenta o agrônomo, enfatizando o risco maior de uma frustração.
DEIXANDO - Zobioli cita que os produtores se arriscam na tentativa de conseguir algum lucro com o milho de inverno. No entanto, ano após ano, devido aos maus resultados, a cultura vem perdendo espaço para a pastagem.
Situação semelhante a de Umuarama é observada em outros municípios da região de abrangência da Cocamar, como Iporã (PR) e Nova Andradina (MS). De acordo com o engenheiro agrônomo Rafael Furlanetto, coordenador técnico de culturas anuais da região III (norte do Estado), no total, em 3% da área cultivada com milho na área da cooperativa – que compreende o noroeste e norte do Paraná, o oeste paulista e o sudoeste do Mato Grosso do Sul – foram usadas sementes não certificadas.