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Nações proíbem agrotóxico na produção de tomate e morango

Um grupo de 189 nações concordou em cortar o uso, a partir de janeiro de 2006, de determinados produtos


Um grupo de 189 nações concordou em cortar o uso, a partir de janeiro de 2006, de pesticidas, como o metilbrometo ou brometo de metila, utilizado para esterilizar o solo e estimular o crescimento de tomate e morango. Além de danificarem a camada de ozônio, o produto químico é classificado como altamente tóxico, podendo causar também sérios danos à saúde. No entanto, Everardo de Carvalho Filho, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que coordenou, em 2002, um estudo do curso de Medicina da Universidade São Francisco (USF), em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati/Bragança), informa que o preparo dos profissionais da medicina para diagnosticar intoxicações por agrotóxicos é deficiente.

De acordo com informações divulgadas pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), um estudo publicado no “American Journal of Epidemiology” revelou que o risco de desenvolver câncer de próstata é 14% maior nos homens que aplicam o pesticida. Pesquisadores do NCI (National Cancer Institute), do National Institute of Environmental Health Sciences e da Agência de Proteção do Ambiente dos EUA ,descobriram que o metilbrometo aumentou o risco da doença em todos os homens.

Os prejuízos ambientais causados pelo agrotóxico vão desde redução da concentração de ozônio na atmosfera, que provoca maior incidência dos raios ultravioleta, o que diminui a capacidade de fotossíntese nos vegetais e afeta as espécies animais. Nos seres humanos, compromete a resistência do sistema imunológico e causa câncer de pele e doenças oculares, como a catarata.

O brometo de metila foi descoberto como inimigo da camada de ozônio em 1992. Calcula-se que o bromo encontrado no brometo de metila seja responsável por 5% a 10% do total da destruição da camada de ozônio no mundo. Em 1998, a Organização Mundial de Meteorologia das Nações Unidas (OMM), registrou diminuição na quantidade de gases nocivos na atmosfera, com exceção do brometo de metila.

De acordo com o Serviço de Informações Médicas de Urgência nas Intoxicações por Produtos Agrotóxicos, da Anvisa, o brometo de metila é absorvido pelas vias respiratórias e pela pele. Os sintomas da intoxicação pelo produto são edema pulmonar, insuficiência circulatória, perturbações neurológicas e psicoses, irritação na pele, queimaduras, irritação pulmonar, nos olhos e das vias respiratórias, mal-estar, dor de cabeça, náuseas, vômitos, perturbações visuais, insuficiência renal, coma, seqüelas neurológicas, entre outros.

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