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Não espere a soja subir 

A China já compeltou suas necessidades


A China já compeltou suas necessidades A China já compeltou suas necessidades - Foto: Expodireto Cotrijal

O mercado internacional de soja segue pressionado por fatores de oferta e pela menor demanda chinesa no curto prazo. Segundo análise da TF Agroeconômica, que publicou suas recomendações nesta semana, o cenário é de redução nos preços internos no Brasil, com quedas de -3,19% na semana, -3,35% no mês e -3,00% em 2025. A consultoria reforça que os produtores devem aproveitar os níveis de lucratividade ainda disponíveis e não esperar por movimentos especulativos que podem não se concretizar.

A China, maior compradora mundial da oleaginosa, já completou suas necessidades para outubro e novembro com as 2,66 milhões de toneladas adquiridas da Argentina e com os embarques brasileiros de setembro (7,15 MT) que chegarão no próximo mês. Além disso, os argentinos já fecharam cerca de 1,75 MT adicionais para novembro e dezembro, enquanto em agosto os chineses compraram cerca de 3,5 MT a mais do que sua necessidade mensal para formar estoques. Esse movimento reduziu a pressão da demanda no mercado global.

Do lado da oferta, o quadro também não é favorável à recuperação dos preços. Os Estados Unidos seguem com grandes volumes disponíveis, o que mantém os estoques mundiais elevados. No Brasil, a Conab estima um acréscimo de 3,5 milhões de toneladas na produção, enquanto o USDA projeta aumento ainda maior, de 6,0 MT. Esses fatores ampliam a pressão baixista tanto no mercado interno quanto no externo. Mesmo notícias como a possibilidade de safra menor nos EUA ou o fim da alíquota zero para exportações argentinas não foram suficientes para sustentar os preços em Chicago, que seguem negativos na base semanal.

De acordo com a TF Agroeconômica, os produtores que realizaram vendas antecipadas chegaram a obter margens superiores a 20%. Hoje, a lucratividade média gira em torno de 12,80%, considerando preços de balcão de R$ 125/saca. A consultoria orienta: lucro é sempre lucro, e um ganho menor é melhor que um prejuízo. Por isso, recomenda travar resultados agora, além de estimular que produtores utilizem gráficos e ferramentas digitais para acompanhar a rentabilidade, integrando também os filhos nesse processo de gestão do agronegócio.
 

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