Nova baixa para a soja em Chicago
No pregão, o contrato para novembro recuou 0,32%

A soja negociada na Bolsa de Chicago encerrou a segunda-feira (30) em queda, influenciada pelo avanço da colheita nos Estados Unidos e pela ausência de novas compras da China no mercado americano. Segundo a TF Agroeconômica, o maior comprador mundial de soja segue abastecendo seus estoques principalmente no Brasil e na Argentina, o que mantém as cotações pressionadas.
No pregão, o contrato para novembro recuou 0,32% ou -3,25 cents/bushel, cotado a US$ 1.010,50. Já o contrato de janeiro fechou em baixa de 0,31% ou -3,25 cents/bushel, a US$ 1.029,75. No mercado de derivados, o farelo de soja para outubro caiu 0,26% ou -0,70/ton curta, a US$ 268,1, enquanto o óleo de soja para outubro perdeu 0,99% ou -0,49/libra-peso, a US$ 49,11.
Apesar de os embarques de soja dos EUA terem registrado alta de 5,01% na semana e acumularem crescimento de 16,1% no ano comercial iniciado em setembro, o ritmo da colheita sem interrupções climáticas no Centro-Oeste e a falta de demanda chinesa continuam pesando no mercado. Traders ainda observam uma expectativa de redução de 5,69% nos estoques americanos em 1º de setembro, mas o movimento da China em diversificar suas compras segue sendo o fator dominante.
Outro ponto que ampliou a pressão baixista foi a notícia da Argentina. Com a recente redução temporária das tarifas de exportação para zero, cerca de 40 navios — equivalentes a 2,6 milhões de toneladas — foram registrados para embarque, grande parte com destino à China. Esse volume reforça a estratégia do gigante asiático de se precaver contra uma possível escassez do grão norte-americano nos próximos meses, consolidando a América do Sul como fornecedor prioritário.