Nova variedade de tangerina
A fruta não tem semente e é mais precoce que as outras variedades
Tangerina, mexerica, bergamota. Não faltam denominações para a fruta cítrica de sabor adocicado. Para se desenvolver ela precisa de um clima subtropical, com frio e umidade. Características encontradas no Rio Grande do Sul, onde estão plantados 12 mil hectares da fruta.
Na última safra, a colheita chegou a 200 mil toneladas. Vinte mil foram da variedade yokitsuo, que conquistou a família Frozza, que mora em Aratiba, no norte do Estado. As mudas foram plantadas há sete anos. Quando surgiu a novidade o produtor ficou com um pé atrás, mas resolveu arriscar e dedicou um hectare ao pomar.
“Na época foi uma aventura. Eu não sabia qual era o tipo da bergamota. Então, eu plantei e, graças a Deus, hoje estou plantando e estou muito feliz”, contou o agricultor Davi Frozza.
Logo seu Davi percebeu as vantagens. A planta é forte e resistente às variações do clima. O uso de agrotóxicos é mínimo. Em três anos, apareceram as primeiras frutas. No sétimo, a colheita deve ser de 12 mil quilos de bergamota. O melhor de tudo é que a fruta atrai o consumidor. Nos gomos, não há sementes. Outro diferencial é o cheiro discreto da fruta.
“Sem semente baixa a acidez. Tem uma boa coloração. E no mercado hoje o consumidor está procurando esse tipo de fruta”, explicou Eliseu Fellini, técnico agrícola da Emater.
A yokitsuo é considerada precoce. O fato de ser colhida em uma época que não existe bergamota no mercado faz o preço subir. Quando vendida diretamente ao consumidor, o preço pode chegar até R$ 1,00 o quilo.
O seu Davi Frozza vende o quilo das outras variedades de tangerina que cultiva por R$ 0,30, em média.