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O cubano que optou por ficar: depois do posto de saúde, a lavoura de tabaco

Cubano que integrava o programa do governo optou por adiar o retorno à terra natal e ficar no interior de Passo do Sobrado


Em meio à lavoura de 12 mil pés de tabaco, na propriedade de nove hectares onde reside, Jesus Sotolongo Goméz tem vivido uma nova rotina. Desde que Cuba decidiu deixar o programa Mais Médicos, o homem de 52 anos tem dedicado toda a atenção à lida no campo. Após reavaliar a situação, e com a possibilidade de permanecer em solo brasileiro, o médico cubano decidiu não voltar à terra natal. “Sempre tive intenção de ficar no Brasil. É um País com boas perspectivas.”

Na localidade de Passo da Mangueira, no interior de Passo do Sobrado, entre a colheita do tabaco, a ordenha de vacas e outros afazeres, Jesus nutre a esperança de poder voltar a atuar como médico. “Muitos pacientes vêm até aqui me procurar, mas eu não posso mais atender”, explica. Apesar da saudade de Cuba, que não visita há quase um ano, acredita que pode voltar a conseguir uma vaga como médico. “Estou disponível para qualquer lugar”.

“Que seja o mais perto possível”, diz a professora Joice Linhares, 27, mulher de Jesus. As preces da dupla, contudo, devem se intensificar nos dias 30 e 31 de janeiro, quando os médicos estrangeiros terão acesso ao sistema do Mais Médicos para optarem pelas localidades com vagas em aberto.

Na última segunda-feira, entretanto, começou o prazo para que os médicos com CRM no Brasil, inscritos na segunda chamada, se apresentem nos municípios onde irão atuar. A próxima chamada será para brasileiros formados no exterior.

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